meu deus, passou-se um ano.
há um ano eu transbordava de paixão e medo, ansiedade, sexo e fuga. sim, eu fugia a passos tão largos quanto as minhas perninhas permitiam, esquecia: afundava nos sentidos todos os medos, procurava ajuda. cantei com todas as minhas vozes todas as músicas que sabia, procurei em mim todo amor que é possível dar, tirei todo ele de dentro de mim em baldes, como quem tira água do fundo do barco. doei tudo o que era meu para me salvar, para manter meu barco flutuando. trabalhei por dias e meses incansavelmente e me salvei. não vi passar a tempestade e nem o novo dia, não vi baleias e icebergs, eu não vi o barco de salvamento tampouco a lua cheia. eu vi o fundo do barco, o balde, minhas pernas, a água. eu remendei, consertei e contemplei o que fiz.
e então, novamente, eu quis. tive de novo fome, sede, tive desejo — o meu. achei os dias azuis e um peixe por baixo do espelho da água, ele nadava no meu amor. eu sorri de novo, pois havia vida. achei remos e velas e — eu havia esquecido — há sempre o vento. me vi também sozinha e com medo, mas salva. barco, vento, vela, corpo e desejo.
ninguém precisa de mais.
que bonito isso zel.
ler o que escreve hoje e perceber como mudou, me deixa feliz.
beijos querida e um uótemo carnaval 🙂
ai, querida, arrepiei. 🙂
Uh…que lindo.
Lindo, lindo, Zel!
É Zel…
A vida é issoae.
Mas a gente sobrevive.
E fico feliz por vc ter sobrevivido pra escrever coisas tão bonitas.
Bjos.
estou longe da net, mas foi muito bom entrar aqui e ver toda essa mudança, layout, coments, fiquei ainda mais feliz. Bom é poder compartilhar e dizer o quanto é bom ler seus escritos! Beijo linda!
Boa, Zel!!!!!!!!!!!!!
Querida,
Vou ficar lhe devendo a visita pessoalmente, mas é que foram muitas emoções em SP e pouco tempo -alem de nenhum acesso digno à internet.
Fora isso, estaremos sempre aí.
;^)