sexta-feira, à espera

pois hoje é sexta, e foi uma semana daquelas: TPM, choradeira, enxaqueca, mau-humor, lágrimas, muito creme hidratante, reflexões profundas sobre a vida, todas as tarefas do mundo atrasadas, projetos pipocando na minha mesa, problemas me afogando, gente precisando da minha ajuda, ensaios, projetos pessoais, nenê-furão novo, empregada com problema emocional, pais disfuncionais, unha que caiu (essa foi a pior!)

mas hoje, finalmente, é sexta. e ontem eu fui muito feliz por ouvir da minha terapeuta (aquela que só dá broncas homéricas) que eu devo me orgulhar de mim, que eu dei passos gigantescos e mudei, muito. pra melhor. e tem mais: eu quero continuar mudando! consigo até respirar um pouquinho melhor e sorrir secretamente, afagar a mim mesma pelas conquistas diárias, as grandes e as pequenas.

não é fácil ser eu (copyright dele), sabe? quem me conhece bem sabe o quanto eu sou difícil, exigente, analítica, crítica, observadora. não é fácil me enganar e nem me enrolar com discurso, eu leio entrelinhas muitíssimo bem, e pego ali no pulo, torço, espremo e não deixo pedra sobre pedra. já seria cruel o suficiente se eu fosse assim somente com os outros, mas também sou assim comigo mesma, a cada instante da vida. consegue imaginar algo pior?

pois eu vivi assim, achando que isso era a forma certa de ser, um tempão. até que não quis mais ser assim o tempo todo. esse meu lado é muito bom para algumas coisas, mas é também muito ruim para outras, e, afinal, por que eu não posso ser assim E assado, conforme eu queira? eu posso tudo. eu tenho o direito de mudar e experimentar, de ser alguém diferente e quiçá melhor. e é assim que eu termino a minha semana, hoje: melhor.

e deixo um beijo, porque sei que quem me lê quer saber de mim, e quer também usar um pouco de mim pra pensar sobre sua própria vida (é ou não é?). para os que querem saber de mim, sorriam, porque estou no caminho certo; para os que pensam que estão aqui só de passagem, uma piscadela 😉

ah, é, e a unha caída? tenho aqui uma esperança que a nova seja uma fofura e eu jamais sinta saudade da que se foi.