e eu descobri que vivi por meses o meior amor da minha vida, sim, e que 80% dessa paixão avassaladora era por mim mesma? espelhada no outro, é claro, que esse nível de narcisismo é inconcebível até para o meu ego gigantesco. quanto mais eu falava, mais bizarro ficava: cada exemplo de admiração e elogio e amor era quase exclusivamente um elogio à minha própria pessoinha.
a grande ironia disso tudo é que eu sempre vi, claro como cristal, o fato do outro fazer exatamente isso com os amigos-satélites. definitivamente, meu referencial é meu umbigo.
confirmando meu ego descontrolado, adoraria pensar que sou o único caso na história de auto-paixão doentia, mesmo que tenha sido temporário. além de, é claro, diminuir um pouco o incômodo do fato.
graças a deus é sexta-feira, afe!