bem, meu ano começou ontem, vocês sabem. como não podia deixar de ser, ele começa no dia internacional da mulher, que é o dia mais apropriado para minha pessoa ter nascido.
se você chegou agora e não me conhece, ou passa por aqui sempre e tem a impressão que me conhece mas não me conhece, eu vou ajudar:
sou aquela mulher que recebe todos em casa com comidas pra todos os gostos, café, bolos, louças e talheres; daquelas que têm guardanapos lindos e vários tipos de jogos de mesa, artefatos sofisticados para cozinha, itens únicos de decoração e muita cor. minha casa é bonita, com muita personalidade, é aconchegante e tem lugares para sentar, vários. minha mesa é grande, com todos sentando perto, conversando até que seja hora de ir. você vai querer voltar, muitas vezes.
sou a que tem crises de raiva e ciúme, que grita e xinga, mas posso ser pior: a que ironiza, faz pouco e destrincha todos os seus piores defeitos e medos. a que manipula os diálogos e faz você se contrariar e desdizer o que disse, com a frieza típica das mulheres tristes.
e há também a que desliza como água e diz tudo o que você sempre quis ouvir — e é sincero — e faz exatamente o que você desejou, nos mínimos detalhes. sou a que realiza seus sonhos, faz você se sentir perfeito/a e ama você além de todos os limites já impostos. sou a que fala no seu ouvido com uma voz que dispensa o sentido das palavras. sou a sedução encarnada, sem fazer esforço, sou eu completamente.
sou a que sonha acordada e dormindo, que ri sozinha e canta todas as músicas que você puder lembrar. brinco com as crianças como uma delas, esqueço que fiquei adulta (elas também nem se lembram) e me deixo criar e rir, retorno a mim mesma, continuamente.
e existe, à espreita, a mãe que carrego em mim. a que controla e manda, que se preocupa. procuro roupas sujas, arrumo os cabelos despenteados e abraço de quase matar de amor. amor maior que o mundo e o medo de deixar as coisas irem embora.
e dispersa, durante os minutos livres do dia, sou puro prazer, silêncio, cores e cheiros, sabores, tudo o que não é racional. sou assim nas horas pré-sono e na madrugada; quando durmo; ou quando me mantêm acordada.
e sou mentirosa compulsiva, não acredite em nada do que eu digo, viu?
rsrs… amei o finalzim.
como é mesmo que chamam gente que escreve textos assim? gênios? 😉
Ahahahah.. tá, eu não acredito na ultima frase, e fica tudo bem. Ok?