resumo porque o tempo é curto

noite passada sonhei que o sidnei magal queria me matar e os trapalhões me ajudavam a escapar. roteiro de 007 com personagens bizarros — meu cérebro não é uma maravilha?

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fui assistir o gui lá no centrão, numa igreja linda, perdida no meio daquela gente feia e detonada. não gosto de pobreza, doença, tristeza, essas coisas todas que vêm com a realidade. ainda prefiro sonhar (desde que não seja com o sidnei magal querendo me matar).

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ainda não consegui achar uma palavra boa o suficiente pra descrever aqueles que lêem veja (a revista) e levam a sério, discutem, gostam. idiotas?

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nem discuto o assunto pt, mensalão, corrupção, etc. é tudo tão velho e tão repetitivo, todo mundo sabe de tudo isso há tanto tempo, por que o barulho? tornar-se pública a história de muitas décadas (centenas de anos, talvez?) é constrangedor, e só. agir com espanto e surpresa é patético — quem é que não sabia que política sempre foi um esgoto? ratos e merda de todas as cores e facções tornam nossas vidas já difíceis um pouco mais complicada. qual é a novidade, mesmo?

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vai ter gente dizendo que é karma ou culpa dos astros, na época do descobrimento. eu digo que é culpa nossa, mesmo. bando de espertinhos que, na mesma situação dos ratos, seria mais um rato anônimo. ou alguém nega que é uma raridade achar gente honesta, ética, coerente?

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me lembro bem da minha última encarnação amorosa: o moço acha non-profit o máximo, trabalha para ongs e defende a inclusão digital, mas a filha pequena estuda na escola mais cara de são paulo, junto dos milionários. não, ele não é milionário mas faz o diabo pra mantê-la na escola. por quê? networking! é, esse negócio de ajudar pobre é legal, desde que você esteja muito bem firme do lado de CÁ.

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madagascar é mesmo uma fofura, mas é só isso. bonitinho. e a glória (a hipopótama) sou eu mesma 😀 mandona, gorducha, bunduda, aparecida.

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vimos revelação (the human stain) e eu gostei muito. além do filme ser legal, tem a nicole kidman, minha atual atriz-queridinha.

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ah, the l word… aquela marina destrói nossos corações todo domingo à noite 😀 ah, sim: e é tipo sex and the city, sim, mas sem o idiota do mr big e a imbecil da carrie. tudo muito irreal, com a diferença que o mundo lésbico ideal é mais tesudo e menos neurótico 🙂

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eu ando sem paciência pra pessoas, e não é à toa: fomos ao sujinho e tivemos que ouvir (porque não somos surdos) um tiozinho discorrendo sobre o plâncton cerebral. a mesma criatura, que falava muito alto, explicava aos amigos que agora estava “vivendo a própria vida” — era a desculpa para largar a família e aproveitar a crise dos 50. depois me perguntam por que eu prefiro ficar em casa e ver um filme ou ler um livro.

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pessoas destratam garçons, cometem grosserias no trânsito, na rua, na padaria. fumam cigarros fedorentos em lugares fechados, falam alto demais, usam roupas horríveis demais, são feios, chatos, bobos. argh!

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deu pra perceber a revolta com a humanidade? tudo culpa do discovery channel. vimos um programa sobre vários animais e suas peculiaridades. a águia e sua visão incrível, o tubarão e suas mil qualidades, insetos, peixes, répteis, enfim. todos milagrosamente perfeitos, adaptados, incríveis. e nós? uns bostas que destroem tudo que aparece na frente. a humanidade não merece ocupar esse mundo.

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aliás, pensando nisso, fizemos um plano: queremos matar todo mundo, fazer uma arca de noé com poucos humanos, exterminando todos os demais. nessa arca só ficariam uns 50 de nós, muito bem escolhidos: advogados e engenheiros estão fora. políticos, burocratas, fora. médicos, só os clínicos gerais. um ou outro músico, contadores de histórias (nada de escritores, afinal não vamos mais destruir árvores pra fazer papel), cozinheiros…

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e eu? estaria entre os dizimados. acho que prefiro morrer a viver eternamente num acampamento hippie 😀