muitas muitas coisas

a votação foi isso aí — a opinião da maioria. eu não me importo tanto assim de estar do outro lado — frequentemente é melhor ir contra a opinião geral. mas que eu fico apreensiva com tantos imbecis com idéias de ter armas, fico sim.

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o monstro-groo voltou a comer — ração de gato. não houve meio dele se acostumar com a marshall e a vitakraft sumiu do mercado (diz que anda presa na alfândega, e já faz meses). tá comendo ração de gatinhos-velhinhos e tá feliz. é o que importa!

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os meninos novos que chegaram são lindos: gollum e fênix. o gollum é o pixel escrito, se não fosse tão olhudo. a fênix é pequenina que nem a didi, mas é mais fofa. os dois ainda estão separados, porque também têm giárdia — a peste dos ferrets. estamos tratando, e no final da semana estarão os 5 juntos e felizes. fotos em breve!

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estive em curitiba e passei um frio danado, claro. calor de 30 graus em são paulo, mas lá estava algo por volta de 15 graus. bom, quando estamos preparados, ruim quando estamos pelados, tipo eu. mas teve seu lado positivo: voltando pra são paulo abafada eu achei até bom 🙂

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estou encantada com bordados de miçanga e lantejoula. é melhor que terapia — e o resultado é tão bonito!

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eu que nunca fui de comprar revistas estou viciada em revistas de arquitetura e design. são lindas, dão idéias geniais — nosso apartamento novo terá jardim, esperem pra ver!

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comprei o panetone pra fazer o pudim que a beth experimentou, mas não tive paciência ainda. acho que ficar trabalhando em casa tirou um pouco da vontade de cozinhar. mas como não sou muito chegada a panetone, quero experimentar e ver se descubro finalmente um jeito de comer panetone com gosto.

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não que eu goste muito de citar essa historinha, mas o mito da caverna de platão é mesmo muito legal. sei que todos ficamos interagindo com as sombras da realidade, em menor ou maior grau, e fico muito feliz por ter saído daquele lugar do fundão da caverna. cometo ainda este tipo de erro, é claro, como todos nós, mas já não vivo mais naquele mundinho de intrigas, fofocas, rancores, medos. hoje em dia já não projeto a minha frustração nos outros — percebi que o problema é sempre comigo, e não com o outro. já não tenho medo de dizer não e sim, de gostar e desgostar, desejar ou deixar de.

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e até por conta disso, quando leio e/ou ouço pessoas por aí absolutamente iludidas, construindo castelos de areia a acreditando nas ilusões que criam, fico com pena. é patético, é triste. quando leio meus próprio textos de mais ou menos 3 anos atrás, fico com muita pena de mim mesma. eu sofria e não sabia que sofria, o que, aqui entre nós, é muito triste.

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seguindo essa linha, lembrei da minha analista me dizendo uma coisa simples e espantosa: tudo nessa vida é ação e reação. essas relações de ação-reação mudam de duas formas — mudando a ação ou mudando a reação. se a ação está fora do seu controle, que tal mudar a reação e ver o que acontece? é impressionante como tudo muda quando você percebe que seu comportamento faz a diferença. nunca fui deprimida e nem pessimista, mas era combativa (puro medo!). um dia percebi que tenho escolha, e que só vou me dar mal se eu der mole. e assim é: andar sem olhar pro chão pelo menos de vez em quando é certeza de machucar os pés.

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sabe o que é a vida de uma pessoa que só reclama e acha que o mundo está contra ela? uma guerra eterna. essas pessoas, pra sobreviverem, acreditam que GOSTAM dessa guerra. tou fora.

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vocês já pararam pra pensar como o mundo mudou em 100 anos? o que era a vida de um ser humano há 100 anos, meu deus? toda vez que ando na rua ou sento na frente desse computador eu fico boquiaberta. acho que deixo isso pra lá pra não endoidecer.

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tem poucas coisas no mundo mais lindas que o sono: todo ser dormindo é lindo.

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hoje mesmo deletei um comentário de uma desconhecida. eu não gosto de gente que grita, sabe? ela usou maiúsculas, sei lá, não gosto. por que tem gente que se dá o direito de vir à casa da gente fazer desfeita? é falta de palmada quando criança, é? se eu fosse mal-educada na casa alheia minha mãe me matava, deus me livre.

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aliás, era um tempo bom aquele que criança não interrompia adultos, comia junto com as outras crianças e tinha hora pra dormir. eu não gostava quando era criança, mas hoje agradeço todo santo dia à minha mãe por ter nos dado noção de limite.

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mas por que eu comecei a falar nisso mesmo? ah, era sobre educação. e vira e mexe eu vejo gente jogando papel ou lixo geral pela janela do carro. é sempre carro branco — alguém me explica?

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um dia eu vi um velho cuspindo (profissionalmente) no chão do vagão do metrô — aqui em são paulo, cujo sistema de metrô é o melhor que já vi, incluindo alemanha, usa, frança e quetais. não me aguentei e xinguei o velho, falei montes pra ele, chamei de porco, o escambau. ele trocou de vagão, mas é bem provável que tenha continuado cuspindo. ô gente asquerosa.

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eu vi notícia de um moço que perdeu seu gatinho porque algum imbecil deu veneno pra ele. por essas e outras eu acho que se a humanidade fosse extinta o mundo só teria a ganhar. e voltamos à história de usar armas: qual é a diferença entre alguém que mata um animal e alguém que mata seu semelhante? nenhuma, são todos escrotos. com ou sem razão (ou vocês acham que o cara que mata o gatinho não acha que tem razão pra atitude dele, ahn?)

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por hoje é isso, e os mal-educados podem ficar do batente pra fora, por favor.

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  1. Ai Zel, por isso que eu amo cidades “grandes”.

    A vet aqui de Brasília até tem boa vontade (de boa vontade o inferno está cheio, eu sei…) mas qualificação que é bom… Ela nunca fez um exame pra ver se eles tinham e eu confesso que nem sabia disso em ferrets, e olha que eu sempre pesquisei muito sobre eles.

    🙁

    Tô morrendo de saudade, de coração partido por eles, mas ao mesmo tempo, muito aliviada, tem lugar melhor nesse mundo pra eles? Tem não…

    🙂

    Beijo bem grande pro “bando” todo!

  2. ei, os mal-educados loucos estão soltos por aí, já é o terceiro blogueiro reclamando desde ontem. eu sei que sou desconhecida, mas espero nunca ter faltado com o respeito, que isso é muito feio e eu sou pobre mas limpinha.

    ah, as pessoas acham que poder comprar armas é bom porque mesmo? loucos, Zel, todos loucos. E aos que pensam melhor resta a conclusão que a humanidade é parasita e predatória, pior que a giárdia dos bichinhos na sua casa…

    mas tem você e a Fal no mundo pra compensar.

  3. oi Zel. Pô! Eu tenho carro branco e não jogo lixo pela janela, ao contrário, o lixo fica todo dentro do carro mesmo! 🙂 Ah! Também acho que se a humanidade fosse extinta esse seria um mundo melhor ! definitivamente …

  4. Por falar em crianças… mulher, como é difícil tê-los no mundo atual… é problema da geração? da globalização? do ar poluído? da camada de ozônio? sei lá…

    Só sei que na minha época bastava meu pai olhar de canto para eu tremer, e falar bravo para eu me mijar toda… literalmente! Mas hoje não, meu filho tem 3 anos e não consigo impor limites… se vc diz não ele continua, e ainda te olha com um olhar desafiador como que se dissesse: não parei, e daí, o que vc vai fazer?

    Isso porque eu sou stressada e sempre condenei aquelas mães que vêem o filho fazer algo errado e não fazem nada! eu grito, dou palmada e coloco de castigo, mas nem assim imponho uma posição de respeito… não tô valendo mais nada viu!

    Qto ao desarmamento, quem sabe o trouxa que votou no não tenha a chance (pq pode ser ele!) de se arrepender quando o filho for morto acidentalmente pelo coleguinha que pegou a arma do pai escondida, quando um vizinho stressado sair dando tiros na mulecada que está fazendo festa após às 10 ou no outro vizinho que estacionou o carro na calçada dele. Eu sou contra e ponto final. Queria poder xingar livremente os brações do trânsito, sem correr o risco de levar uma bala na testa… enfim, continuo correndo riscos!

  5. grazy, *HAHHAHAHHA* minha irmã fala a mesma coisa da minha sobrinha… por mais que ela seja brava a menina sempre apronta. mas criança aprontar é normal, né? o que não dá é a falta de noção de muita gente por aí que parece que trata criança como reizinho/rainhazinha que pode tudo. isso me dá vontade de socar os pais 😀

    quanto às armas… olha, compartilho do seu desejo: que essas pessoas que acham certo ter armas para “defesa pessoal” sejam as vítimas dos “defensores sem noção”. só nos resta torcer, viu? beijos!

  6. Zel, realmente, tudo nessa vida é ação e reação; é um processo, nada está fora de uma grande paisagem que só de ‘longe’ pode-se perceber por inteiro. E um dia, um cara disse nos programas vespertinos da TV: “as pessoas te tratam como você se trata”. Fiquei envergonhada em perceber como eu estava me tratando. Eu abusava de mim mesma, deixando que outras pessoas me usassem, principalmente no ambiente de trabalho. Como não se muda dum dia pro outro, tenho trabalhado nesse processo para mudar minha paisagem.

    Grandes beijos pra você, há anos te leio, e seus escritos estão cada vez mais vindos da essência. bye…

  7. Olha, amor, como são muitas coisas mesmo, só anotei o que deu tempo:

    1. sempre encontrarão um jeito de justificar o uso de armas. O Senhor da Guerra, entende? Cê já viu o filme? Depois da sua escrita sobre violência, talvez não fosse aconselhável, mas acho conveniente. Eu votei 02;

    2. O Pixel está no andar de cima, feliz, brincando com o irmãozão dele;

    3. Eu quero camiseta de coisas que brilham. Pode ser um gato e um furão se beijando?

    4. Eu não gosto de lanchonetes, cê sabe. Mas se você puder passar no Ritz e detonar aquele hamburguer por mim, agradeço ajoelhado aos teus pés.

    5. Beijos pra ti e pro Fer.

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