segunda-feira meu dragão fez 4 anos e um dos meus amigos-irmãos fez 35 anos. lembro de mim mesma sem o dragão e lembro dele, o amigo, com 18 anos, quando o conheci. éramos basicamente os mesmos, só um pouco mais tontos. não tenho saudade (nem rancor) do passado.
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por conta de um pedido, fui buscar nos meus arquivos uma imagem. não encontrei a imagem, mas encontrei a mim mesma em vários momentos dos últimos 5 anos. confesso que alguns dos meus momentos me deixam constrangida, mas em compensação eu já escrevi textos muito legais, dos quais me orgulho muito. acho que no fundo a vida é assim mesmo, né? ou será que tem alguém que não tem vergonha nenhuma do que já fez na vida?
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eu tenho vergonha em particular das roupas da década de 80 e início dos 90. nunca fui muito boa me vestindo, acabei aprendendo com os erros (e com algumas dicas). já usei daquelas sandálias baixas, brancas, de tirinhas que amarram no tornozelo e panturrilha — e eu tenho tornozelos e panturrilha beeeem grossos. show de horror. isso pra não falar do cabelo tipo repicado em cima e comprido atrás, ARGH!
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tenho vergonha também de 2 namoradinhos que eu tive. um era gorducho e completamente ridículo (pô, eu tinha 12 anos, deve ter desconto né?); o outro era sarado e não completamente feio, mas o problema nunca foi esse, mesmo, a questão é que ele era um idiota completo. e aliás, foi exatamente por isso que eu fiquei com ele uns tempinhos — porque eu sabia que ia irritar meu ex. dessa vez eu tinha 17 anos, já não dá pra dar desculpas… tem cabimento, ficar com um idiota só pra irritar alguém?
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hoje eu fiz a milagrosa escova progressiva! meu cabelo é liso falso e eu queria ele liso-japonesa. claro que nunca vai ficar aquele cabelo maaaravilhoso das japas, mas fica melhorzinho, né. amei. enquanto me submetia à sessão de tortura da chapinha, li uma revista de plásticas e fiquei passada. primeiro porque sei que tou precisando dar uma recauchutada (vá dizer, amiga de mais de 30, que a carinha é a mesma?); segundo porque esse tipo de revista dá dicas pra mulherada se preparar pra encontrar o bofe. meu bem, só se eu encontrasse o coitado 1 fim-de-semana por mês pra conseguir fazer toda aquela preparação! é esfoliação, hidratação, banho disso e daquilo, clareamento, o cacete de asas… nossa senhora, por isso que eu tou caída assim, não faço nada disso 😀
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mas o pior de tudo é ver dicas de lingerie e de preparação do ambiente para atacar a “presa”. juro por deus que quando leio essas revistas me sinto muito excluída e esquisita (e isso desde sempre). se dependesse de mim pra fazer todo esse ritual de acasalamento eu morria virgem e solteira.
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e as revistas que ensinam a fazer boquete? meu deus do céu, esse mundo tá perdido.
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hoje eu vi e não deu pra negar: tenho 3 cabelos brancos. achei que quando acontecesse eu ia me importar mais, sabe? achei legal brilhar quando bate a luz, pra ser sincera. vamos ver como será quando eles dominarem a juba.
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meus pais já têm 52 e 55, eu tenho 33, minhas sobrinhas vão fazer 4 anos, o pixel tinha 5 anos e meio. meu irmão caçula faz 32 ano que vem, minha avó chegou aos 70 e há pessoas que nasceram nos anos 80 se formando na faculdade!
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batidas na porta da frente: é o tempo
eu bebo um pouquinho pra ter argumento
mas fico sem jeito, calado, ele ri
ele zomba de quanto eu chorei
porque sabe passar
e eu não sei
(…)
no fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
eu posso, ele não vai poder
me esquecer
Seus textos sempre me fazem pensar.
Tenho que rever minha vida, tenho que me encarar mais e seguir em frente.
🙂
As fotos dos furões estão lindas! Saudades..
Beijo!
Pois é Zel… Eu tenho 31, logo vou completar 32… nem sonhava que hoje estaria num dia de folga, ouvindo Ednardo, aquele do pavão misterioso… =) e… gostando, oh yeah. Fazer idades nem sempre significa ficar velha. Significa saber mais coisas, se apaixonar mais pelo mundo que a gente mal conhecia quando tinha menos idades. Agora a gente percebe mais os horizontes do ontem e do hoje, e por isso teme menos o amanhã.
beijos e uma tarde de 16 de novembro muito ótima.
Zeeeel, eu também fiz a escova morfética progressiva e estou japonesa! Vou mudar meu nome prá Midori, já já.
Quanto ao lance de boquete, eu tenho dois big no-no’s pro assunto:
– não se ensina
– e, homens, não tentem me ensinar o caminho.
oras.