as mídias e os vícios

você percebe que é viciado em séries de investigação quando, às 2 e meia da manhã, xinga a altos brados o filho da puta que está mexendo na net e deixa a tv com chuvisco bem na hora do desfecho da história. isso é hora de manutenção em tv a cabo? 🙂

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(off topic) lembrei de mais uma coisa que me irrita: vendedora de loja que te trata mal porque você tá de havaiana. sabe aquele olhar que te mede dizendo “você não pode comprar aqui, querida”? dá vontade de comprar só pra provar que ela é uma idiota; dá vontade de não comprar porque quem recrutou a menina é uma paca.

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falando nessas meninas com 1 neurônio, o que é aquela chamada do BBB com as três barangas? vejam bem, elas têm um puta corpão, mas não adianta: as caras, roupas, cabelos e fala entregam tudo. não vou dizer aqui o que eu penso das três pra não deixar ninguém constrangido. e não tem nada a ver com sexo pago, não, que é profissão muito nobre e necessária.

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aliás, o que é essa gente que assina PPV pra ver BBB? deus não dá asa a cobra, mesmo: se eu fosse presidenta ou ditadora (mais provável) fazia uma triagem pra eliminação em massa. assiste BBB, ratinho e afins? elimina.

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e eu nem sou contra ver TV e nem contra programas inúteis, tanto que assisto essas séries de investigação, extreme makeover, QE, etc. deixa eu tentar categorizar meus gostos:

o que eu abomino na TV: BBBs, american chopper e aquele pai retardado falando merda, sitcoms em geral (sex & the city, friends, essas todas), programas tipo jornal-verdade, talk shows (apesar da opra ser legal de vez em quando), programas humorísticos brasileiros todos, programas apresentados por modelos-atrizes, o aprendiz (você está DEMETIDO :D), programas da globo, SBT e record em geral, manhattan connection, saia justa, aquele horror do programa da rita lee, séries médicas (eca!)

o que eu não gosto nem desgosto: programas que falam de futebol e outros esportes, programas religiosos (às vezes são engraçados), propagandas, aqueles programas de variedades da GNT, esses programas de mulheres no meio da tarde, programas morninhos sobre sexo, documentários tipo discovery sobre guerra, engenhocas mecânicas de forma geral e/ou catástrofes

o que eu AMO na TV: programas sobre a vida animal (qualquer um), programas de pegar fulanos e dar um banho de loja (tem algumas boas dicas de maquiagem e roupas), programas de decoração ou construção de casas (amo! tou quase fazendo um curso de decoração), mythbusters (o melhor!), programas sobre propaganda (tirando aquela louise cardoso que é uma mala), saturday night live, todas as séries de investigação, programas de jóias (o melhor show de horror da TV e sonífero instantâneo), shoptime, show da cultura, cartoon network inteiro e abro aqui uma exceção honrosa para uma série médica, house.

programas preferidos? aquela série dos tubarões brancos voadores da discovery (eu até comprei, vai vendo), monk, house, [adult swim] e changing rooms.

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quanto a filmes eu vejo qualquer um, tenho poucos preconceitos. gosto de procurar sem destino na TV e de repente achar um filme que parece legal. o preferido dos últimos tempos: a maldição de quicksilver. o melhor do pior 🙂

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eu tenho uma tia que é daquela geração alternativa que era contra TV, lembram disso? os filhos dela não podiam ver TV, coitados, a mãe não deixava. quando viam uma TV ficavam vidrados, dava dó. minha mãe estipulava horários de ver TV: 2h no período da tarde e só desenhos ou programas infantis (víamos bambalalão, maravilhoso). sinceramente eu acho bobagem não deixar criança ver TV, como se a TV fosse um monstro. existe o controle remoto e opções de canal, a gente vê o que quer. nunca acreditei nesse papinho que TV aliena e tals — quem quer alienar se joga em qualquer viagem errada, pô. eu tenho opção de mudar de canal ou desligar.

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mas gosto da abordagem da minha mãe. aliás, com todos os defeitos dela, acho que fez um excelente trabalho conosco quanto ao estabelecimento de limites: TV, brincadeiras na rua, estudo, responsabilidades e tudo o mais era sempre controlado, sem exageros. sempre tivemos hora pra acordar, dormir, comer, brincar e estudar. vai ver por isso que eu fico estupefata com as mães e pais de hoje em dia, que são escravos dos filhos 24h/dia.

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outro dia ouvi no rádio um jornalista explicando mais ou menos o seguinte: eles fizeram uma entrevista com o lula e houve críticas no jornal (escrito) sobre a cobertura da entrevista e a falta de perguntas “contundentes”. o rapaz do rádio explicou que, diferente de revistas e jornais, o rádio é uma mídia gratuita, portanto não há a menor necessidade de criar manchetes ou escândalos, pois afinal eles não precisam vender manchete — eles divulgam informação. bem diferente de revistas e jornais que precisam de manchetes sensacionais e bombásticas pra fazer o leitor desenbolsar dinheiro e comprar. se é discurso vazio eu não sei, mas achei genial e percebi porque a imprensa escrita é tão podre — eles precisam apelar, fazer qualquer coisa pra vender. eu, que já não comprava jornal e revista, fiquei com vontade menor ainda de fazê-lo.

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aliás, mentira: compro folha, estado e jornal da tarde periodicamente, pra forrar as caixinhas de cocô e xixi dos furões.

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penso que um dia quis ser jornalista ou advogada. mal consigo descrever meu alívio por ter mudado de idéia 🙂 (sem ofensas, mas esses dois “meios” são de dar dor de barriga em qualquer ser humano sensível)

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e por hoje é só, pessoal, acabou o estoque de veneno 😀