entramos no quinto dia de cuidados especiais com furões doentinhos e eu declaro para os devidos fins: não tenho interesse em trazer para minha vida mais nenhum ser que dependa de mim 24h/dia para sobreviver. cuidar de mim mesma já dá bastante trabalho.
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além disso, dormir até o olho abrir sozinho é um dos prazeres mais maravilhosos da vida. esses 5 dias já me deixaram com um mau humor digno de zeus ou hades. só tendo mesmo MUITO amor às criaturinhas pra conseguir suportar isso por mais 5 dias.
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falando sério, seríssimo: espero que meu instinto maternal se amplie MUITO nos próximos meses ou anos, senão a possibilidade de eu engravidar será próxima de zero. não consigo enxergar felicidade que compense tantos anos de dedicação exclusiva… além do mais, e se depois de tudo isso meu filho for uma mala sem alça? tem serviço de atendimento ao cliente, pra reclamação? 😀
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as perfumarias do banheiro da nossa suíte estão quase prontas — faltavam os azulejos antigos que compramos em janeiro e que só foram colocados este fim de semana. quando for colocado o espelho eu tiro foto e publico, mas já adianto: ficou LINDO!
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deixei de comentar aqui, mas dia 18 último foi aniversário do meu amigo querido, o gabis. não consegui falar com ele, mas deixei recados em todos os telefones e cantei o parabéns da xuxa, como sempre. há amigos e amigos, de diferentes estilos, problemas e qualidades. o gabis tem uma qualidade que eu considero caríssima para um amigo: ele sabe ouvir quando a gente precisa, sim, mas sabe principalmente falar pra quem quer ouvir. quando eu estava cheia de problemas ele me ouvia, me dava um chá quente, me deixava chorar e dizia aquelas coisas difíceis que só os amigos de verdade têm coragem de dizer. acho que nunca agradeci o suficiente sua sinceridade.
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eu tenho fé que amigo de verdade é aquele que ouve e ajuda, sim, mas que também dá porrada e diz verdade doídas. aqueles amigos que passam a mão na cabeça mas não dizem pra você o que pensam (apesar de dizerem com todas as letras para outras pessoas) não são amigos. quem de fato se importa com você diz o que ninguém mais tem coragem de dizer, e é bom você ser muito grato, viu?
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mas voltamos à velha questão: quem é que quer admitir que faz cagadas e mudar, não é mesmo?
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lembrei esses dias da primeira vez que estacionei meu carro numa garagem de prédio novo (dessas bem estreitas e escuras) — foi no prédio do gabis. talvez um dos maiores micos da história: me coloquei numa posição na garagem que a cada vez que eu mexia 1mm do carro eu ficava mais próxima de bater nas pilastras. até que chegou o momento da verdade: ou eu tirava aquele carro dali ou chamava um homem pra manobrar. eu respirei fundo, retomei as aulas de geometria (ângulos, retas!) e consegui manobrar o carro, depois de muitos minutos de sofrimento, vergonha e suor. sinceramente? devia ter chamado um homem qualquer pra manobrar ao invés de vencer meu desodorante.
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dia 18 seria também o aniversário do pixel, o furão mais doce e querido que houve. sinto falta dele diariamente, acreditem se quiser. eu vejo a casa nova e penso o quanto ele ia gostar de brincar nos cômodos, de como ele ia querer dormir na minha cama. sinto falta do corpinho dele quentinho do meu lado, das suas gracinhas de furão. li esses dias (e chorei que nem criança) que os furões são animais muito diferentes dos cães — fiéis e melhores amigos do homem — e dos gatos, com sus independência, graça e elegância. os furões nasceram para ser felizes e brincar: essa é a vida deles desde o primeiro até o último dia. nós, os seus donos, não podemos esperar fidelidade, demonstrações de afeto, sagacidade ou beleza nos movimentos. eles são desastrados, ladrões, palhaços, sem noção e completamente felizes. estar perto deles é compartilhar de uma felicidade constante e sem motivos — é ou não é um privilégio?
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neste horário há uma nesga de sol exatamente sob o meu peito, e basta que eu me abaixe um pouco e fico cega. (eu sempre quis usar nesga nesse blog e nunca consegui. ha!)
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impressionante como o mcdonalds e burguer king aqui do brasil são mil vezes melhor que nos US, né? falando em fast-nem-tanto-food, vi outro dia uma comunidade no orkut de ex-funcionários do mcdonalds falando das “nojeiras” que acontecem lá no fundão. coisas como derrubar hambúrgueres no chão e colocar de volta na chapa, não lavar as mãos, etc. não quero desiludir ninguém, não, mas acontece igual ou pior em qualquer lanchonete ou restaurante. se a gente entrasse nas cozinhas das lanchonetes, restaurantes e padarias acho que nunca mais comeria fora na vida. exatamente por isso, neste assunto, eu me mantenho alheia. ignorance IS bliss.
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o perfeccionismo leva à solidão. um professor da pós repetia isso aula após aula, tentando nos convencer que essa mania de controlar tudo, saber tudo, acertar tudo era roubada. ok, eu já entendi que é roubada, eu não quero ser perfeccionista, mas… como um perfeccionista deixa de ser perfeccionista? quanto de não-perfeccionismo é perfeito? 🙂
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mais uma série “enquetes que não sairão na nova”:
se você só sai com caras imbecis, sistematicamente, você:
(a) é uma imbecil e sabe disso
(b) é uma imbecil que acha que os todos são imbecis mas você é ótima
(c) é uma imbecil e é mala, por isso nunca arranja coisa melhor
(d) é uma mulher ultra-resolvida e maravilhosa, os homens é que são todos imbecis
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pra variar, estou às voltas com um artigo da pós pra entregar hoje e digamos que evoluí 30%. por que eu sou assim, meu deus, por quê?
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fiz hoje pela primeira vez na vida uma mamografia. é um exame bizarro e deve ser altamente incômodo pra mulheres com pouco peito. imagine um sanduíche de pão de forma e o seu peito é o recheio. na verdade, imagine um tostex: pão-peito-pão + pressão. tem o tostex de cima pra baixo e o tostex da esquerda pra direita. aí a moça apeeeeerta o recheio e pede pra você não se mexer e nem respirar por uns segundos. o processo se repete 2 vezes pra cada peito, 2 tipos de sanduíche. digamos que foi melhor do que eu imaginava, mas sinceramente eu fiquei com pena de quem tem peitinhos e tem que dar um jeito de colocá-los ali no pão do sanduíche…
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compramos uma multifuncional lindésima da HP que tem fax, scanner, copiadora e o caralho de asa. tem comunicação wireless (e nós temos roteador wi-fi) mas nem o capeta consegue configurar. agora lá vou eu pro super-suporte-pós-vendas, pagar todos os meus pecados. vocês aí que têm raiva de mim por qualquer motivo, podem rir muito às minhas custas porque agora é a hora da vigança.
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quando eu conto histórias da minha família pras pessoas percebo que todos têm gente estranha na família, é claro, mas aqui nessa nossa família definitivamente alguma coisa saiu errada…
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comprei uma bolsa da denize barros (conheci na fal), de animais variados (porque gosto de gatos mas não mais que os demais bichos, sorry :)), chegou sábado. linda!
McMaminha? 😀
E desculpa, bi, mas na tua família alguém já conseguiu atear fogo no telhado? Então…
VCA! VCA!
zel, eu já VI um funcionário do mc derrubar o pão no chão e fechar o sanduíche. dei o maior berro “que porco!” e todo mundo viu. oi, meu nome é ralph nader.
criatura. todas querem uma bolsa igual a sua! vou ter que te pagar royalites daqui a pouco! acho que nem tu sabe que tem tanta leitora. hoje embaralhou o meio de campo por aqui! obrigada pela propaganda! um beijinho.
Oi lindim! Espero que teus bebês estejam melhor, viu?
De alhos pra caralhos: tirando o fato de que nesta última semana eu paguei vários *milhares* de pecados com uma multi(dis)funcional da HP, me diz o modelo que eu vou caçar aqui como se faz pra isso funcionar, tá?
Beijo,
Nor