pois a coisa está assim: gollum com gastrite; groo com gastrite; meninas com provável bola de pêlos; todos com giárdia (ainda e/ou novamente). essa casa se tornou, desde ontem, um hospital de ferrets com 6 tipos diferentes de remédio e sessões de remédio-goela-abaixo 6 vezes ao dia. temos remédios de 8h em 8h, 12h em 12h e 24h em 24h. e são diferentes para cada furão. portanto, criamos uma planilha excel com o calendário e dosagens (que são diferentes) e horários e mais ou menos a cada 4h enlouquecemos um pouquinho. por 10 dias.
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e, pra completar, o gollum se recusa a comer e temos que enfiar papinha goela abaixo. estou reconsiderando seriamente essa história de ter filhos 😀
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alguém lembra que eu já escrevi em algum momento aqui sobre harmônicos? resumindo bem simploriamente é aquela coisa de uma vibração que parte de uma fonte causar a mesma vibração na outra fonte. eu acho que isso vale não só para os fenômenos físicos (ondas) mas também para idéias: o que eu digo pode “fazer vibrar” alguma coisa em outro alguém. por isso mesmo eu AMO incomodar pessoas com idéias ou opiniões (incomodar com xingamentos é outra categoria :)): o incômodo é sinal que tem alguma coisa ali a pensar melhor.
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minha mãe já me dizia, quando eu era menina (e eu não ouvia): se alguma coisa te incomoda em alguém, procure entender o que é porque provavelmente há alguma coisa em você pra pensar melhor a respeito… pura verdade: cada vez que eu me pergunto com sinceridade o motivo de tanto incômodo com alguma coisa os fantasmas aparecem.
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nem todo mundo tem desejo de se compreender melhor, de ser alguém melhor. há os que viverão suas vidas todas se incomodando e varrendo os incômodos pra baixo do tapete. pode ser que essas pessoas sejam mais felizes assim, não tenho como saber, mas com a mesma fé que tenho na não existência de um deus, acredito que se conhecer e melhorar é a missão número 1 de toda pessoa neste mundo. varrer incômodos pra baixo do tapete e evitar conflitos, na minha fé, é heresia.
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por incrível que possa parecer, sempre achei quase todo mundo legal à primeira vista e mais legal ainda depois. colecionava amigos (e eu os considerava amigos mesmo) e quando falava deles era como se fossem realmente muito legais. até o dia que minha terapeuta me fez uma pergunta simples: “essa pessoa aí, que você está dizendo que é super-legal — me diz o que exatamente é legal nela?” eu não soube dizer, não com sinceridade. eu costumava ser a própria big fish na vida real, com o inconveniente de achar legais demais pessoas não tão legais assim. justamente por me expor demais para pessoas não tão legais assim eu me fudi várias vezes. demorou (e doeu) pra perceber que eu precisava desesperadamente me cercar de pessoas “legais” pra que eu me sentisse querida; demorou mais ainda pra perceber que todas as vezes que essas pessoas não tão legais me puxaram o tapete foi porque eu deixei que elas entrassem na minha casa. sabe aquela história de convidar o vampiro pra entrar? mais ou menos isso aí.
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sempre gostei muito da lenda do vampiro, desde pequena. tenho fascinação pelos dráculas, nosferatu, todos esses monstros sugadores de sangue e tomadores de vida. não há de ser à toa que fui vítima de tantos deles: eu procurei. pior é ter ouvido (mais de uma vez) coisas como “cuidado” ou “credo, por que você é amiga de fulano?” e não ter escutado. por que a gente NUNCA escuta e tem que quebrar a cara pra aprender (quando aprende)?
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eu vi os desenhos do glauco e angeli no [adult swim], mas… não gostei. sei lá se sou só eu, mas quando leio quadrinhos eu crio as vozes e entonações dos personagens na minha cabeça; quando eles aparecem na tela com aquelas vozes e entonações alienígenas, parece o invasor de corpos, entendem?
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eu conheci a anne rice em 1995, na livraria da FFLCH/história, na USP. estava fuçando as prateleiras (já contei que compro livro pela capa, né?), vi um livro lilás (minha cor favorita) e fui lá: entrevista com o vampiro. oba! pensei, eu adoro vampiros. abri o livro e a tradução era da clarice lispector. não tive dúvida: comprei. me apaixonei desde então pelo lestat e quando pouco depois resolveram fazer o filme, fiquei com medo. iam estragar o lestat, ai meu deus! colocaram o tom cruise de lestat e eu queria morrer: só conhecia ele de top gun, acho, e antipatizava. fui ver o filme no dia da estréia, claro, cheia de reservas, claro, e saí quase completamente feliz. o tom cruise foi brilhante de lestat, não deixou nada a desejar, mas em compensação o que foi aquilo de colocarem o antonio banderas (que eu amo) de armand (que eu também amo)? absurdo, ridículo, ai que ódio! enfim, pra completar, esse foi um caso de ler o livro e depois ver o filme bem sucedido, o tom cruise conseguiu se encaixar na voz e jeito do meu lestat particular.
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e tem filmes que interpretam personagens melhor que eu. o gandalf do senhor dos anéis é um exemplo: o ian mckellen é o gandalf melhorado 🙂
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vimos pela milésima vez o cálice sagrado e eu morri de rir pela milésima vez com o coelhinho assassino. eu preciso muito daquele coelhinho de pelúcia assassino pra viver. ninguém aí mora na inglaterra ou vai pra lá em breve, não? traz ou manda o coelhinho pra mim e fico devendo o favor, prometo!
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se vocês não deram bola pra minha dica e não foram ouvir as músicas do careqa, vou insistir: ouçam. mesmo pra quem não gosta do estilo dele vale conferir o menudo theme, uma paródia de “if you’re not here”. primeiro verso: quando o sol nascer eu vou pra roça / é duro mas eu tenho que carpir. vá!
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e eu lembrei de uma paródia dessa música, da época que eu era menina (cante com melodia do refrão): enfiei o nariz na privada / veio a mamãe e deu descarga. meu deus do céu, depois eu reclamo da geração atual… que horror! 😀
aqui na minha cabeça já tá a voz do gollum-ferret falando: papinha deliciossssa, sssabor peixinho cruzinho, preciosssso :o)
Ai, não, Zel, você grudou essa música na minha cabeça para sempre agora! Eu nem lembrava mais que isso existia, aaaaaaaaaaaaaah!!!!!
outra fã dos vampiros de Ana Arroz aqui, que a-do-rou o Lestat de Tom Cruise ( e fiquei revoltada com o Banderas fingindo de Armand) obrigada por concordar, viu?
E o Careqa, menina, tão São Paulo esse som. Eu confesso que gostei mesmo de psycho maloca, estou ouvindo tem quatro dias.
mando coçadinhas nas barriguinhas de giárdia ;D
Zel,
meu Lestat era o Jeremy Irons… Mas depois do filme o Tom Cruise se apoderou da personagem e quando leio alguma das crônicas é ele que me vem a cabeça.
Destacar também a atuação da Kristen Dunst novinha como Cláudia que é fantástica. Você consegue ver o tempo passar no olho daquela criatura e de repente ela tem 30 anos naquela carinha angelical. Perfeito !!! Neil Jordan forever !!!
Näo prometo, mas vou procurar seu sonhado-coelhinho-assassino. Sou sua fä e viciada no seu blog. Parabéns!!!