notícias frescas

ok, podem começar a me apedrejar: eu não tinha visto NENHUM dos filmes do poderoso chefão. temos aquele pacote bonitão aqui em casa e eu resolvi assistir. o primeiro é de 1972 (ano que eu nasci), o segundo de 1974 e o terceiro de 1990. incrivelmente os 2 que já vi (72 e 74) são modernos, eu não diria jamais que foram feitos há mais de 30 anos, não fossem os atores que eu conheci mais velhos estarem jovenzinhos na tela. quase caí de costas quando (não) reconheci o al pacino, na festa de casamento da irmã; praticamente desmaiei quando vi robert de niro jovem, magro e lindo de morrer (fal, você tinha razão!)

que venha o último, até porque tem o andy garcia, que eu amo.

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estou com faringite, fui pro pronto-socorro no sábado à noite porque não aguentava mais tossir e a garganta doer. tomei uma bezetacil na bunda (ou, como disse o enfermeiro, “injeção de cimento”) e tou manca. a tosse amenizou e a dor sumiu, mas tou ainda um trapo podre.

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o quadro do gollum se confirmou, ele está mesmo com uma doença chamada insulinoma, que é relativamente comum em ferrets. uma judiação, pois temos que dar remédio de 12 em 12 horas (e ele odeia) que é basicamente cortizona, que detona o trato gástrico (que já não estava 100%). solução: operar e rezar pra encontrarem no pâncreas dele o que está causando o problema. pra animais tão pequenos é difícil ver através de ultrassom (tentamos, não deu nada) e a melhor opção é a cirurgia. ele deve ser operado depois dos feriados, então torçam por ele, que é um ferret muito novinho ainda (3 aninhos) pra ir embora. temos fé que tudo vai dar certo.

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o restante dos mustelídeos está bem, graças a todos os deuses a medicação contra o protozoário do inferno acabou e estamos todos mais felizes.

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vimos “a era do gelo II” e é uma fofura. o esquilinho ganhou mais espaço e está mais engraçado ainda, recomendo 🙂

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não existe gente mais burra do que aquele tipo que trabalha em tele-atendimento. as pessoas que não são burras FICAM burras, é certeza absoluta.

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fui criada por uma mãe que nos repreendia com um simples gesto de sobrancelha e colocava a nós, as crianças, pra comer em mesa separada, pra não incomodar os adultos. ela não nos deixava interromper conversas sem pedir licença e nem desrespeitar adultos, não importando qual era o adulto. tínhamos horário de comer, dormir, ver desenhos, brincar e estudar. minha mãe não “discutia a relação” conosco. agradeço todo santo dia a ela por ter noção e por ter colocado uma pessoa COM noção nesse mundo de gente mal-educada e mimada. MÃE, OBRIGADA!

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mas sobre relacionamento com pais, descobri uma coisa interessante: não importa o quanto nossos pais sejam bons, sempre vai ter seqüela nos filhos e não é necessariamente por um erro por parte deles, mas pelo contexto, pela nossa natureza, pela percepção que temos na época, sei lá. o legal de ter irmãos é poder ver como eles reagiram a certas coisas que me pegaram de jeito quando éramos crianças: o mais novo nem ligou; a do meio reagiu de forma oposta à minha. em resumo: não há fórmula pronta, é claro. mas há, sim, alguns princípios mínimos de respeito pelo espaço alheio que podem e devem ser ensinados, e quanto a isso eu não tenho nada pra reclamar.

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um exemplo de falta de educação que vem de berço: estamos no elevador do shopping, indo para o andar de compra de ingressos para o cinema. entra o casal de 20 e poucos anos no elevador. abre a porta, saímos todos, eu e o fer na frente, andando como pessoas normais. estávamos a 30cm do fim da fila e o mocinho do casal CORRE e entra na nossa frente na fila. veja: CORRE, de verdade, sem exagero, e se enfia nos 30cm que faltavam pra chegarmos. a fila era mínima, o local estava vazio. eu pergunto: o que leva uma criatura a ser assim? nós ficamos divididos entre sentimentos de surpresa, raiva e achar graça. foi ridículo e infantil da parte do cara, sim, porque o local estava vazio, mas foi principalmente uma demonstração da falta de educação, de respeito e de inabilidade na convivência social. fôssemos nós dois mais agressivos e a coisa podia ter virado briga. eu já até imagino como foi criado esse fedelho: mãe “moderna”, que conversa, explica, defende o filho quando ele faz merda, deixa fazer o que quiser (“os outros que se virem”) pra não reprimir o pobrezinho. até o dia que um bestalhão desse irrita um “mano” de ovo virado e leva um tiro na cara. eu achava é bom.

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nos recusamos a ficar em fila de restaurante e, quando vimos o local lotado, atravessamos a rua e sentamos no primeiro boteco-com-comida à vista. era um espetinho (tem bastante aqui pro nosso lado) comum, mas não ia durar muito. vimos muitas mulheres entrando. mulheres parecidas: grandonas, roupas masculinas, de boné, nenhum homem à vista. ops, pensamos, acho que esbarramos no reduto GLS do cambuci. dito e feito: era um aniversário lésbico, com toda a comunidade lésbica do bairro presente. cantaram e tocaram todo o repertório da cassia eller (muito bem por sinal) enquanto os donos do local tentavam nos atender. confusos e perdidos. a comida é média, o espetinho de costela de porco é dos deuses: suculento, bem servido, saboroso, ah! nós que já frequentamos os redutos GLS chiques de SP agora estamos desbravando os redutos GSL da periferia 🙂

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pra completar, colocaram um DVD de uma fulana americana que não sei o nome. morena, cabelo repicado, cintura fina, bonita. o clip é moderno, mas eu juraria que ela tinha saído direto dos anos 80: calça jeans justíssima com cintura alta; camisa sem manga amarrada na cintura; coletinho jeans tipo bolero; cabelo repicado e muito volume; OMBREIRAS! eu não estava entendendo nada, até que o fer acabou com o mistério: “ela é do sul dos estados unidos e eles estão 20 anos defasados — vai por mim, ela é do texas”.

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TMI, conhecem esse acrônimo? se usava muito na época das listas de discussão de 10 anos atrás: too much information. ao lado de RTFM (read the fucking manual) é um dos meus acrônimos preferidos. por que tem gente que PRECISA entrar em detalhes sobre suas últimas relações sexuais, doenças, conversas intermináveis com a amiga, etc.? caso eu esqueça, podem sempre considerar como ponto final dos meus diálogos um outro acrônimo amigo: KISS, que não é um beijo de tchau, mas keep it simple, stupid 🙂

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  1. zel, acho que fomos criadas pela mesma mãe. em casa era igual, criança não tinha querer. hoje eu tenho um puta respeito pela minha mãe, e abomino as mães que criam os filhos na base do “mas ele é tão criativo…”.

  2. Zel, num surto que tive no domingo assisti aquele novo programa do SBT – “Super Nanny” e lembrei de vc!

    Se vc tem alguma dúvida em colocar filhos no mundo, não veja. Acabará de vez com sua vontade. As crianças são pentelhíssimas! Batem no irmão, e esperneiam, berram (pq chorar é pouco)e os pais não podem bater (!!). Provavelmente com a desculpa de “vai TRAUMATIZAR a criança”. na minha época não rolava trauma nenhum… rolava muita chinelada se não obedecesse e não cresci revoltada com meus pais pq não pude comer meu iogurte na hora do almoço…

    Fala sério… é demais pra minha cabecinha!

    Um beijo grande e boa semana! 😀

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