a contagem regressiva antes do cardiologista

então, terça-feira eu vou visitar um cardiologista e descobrir o porquê das variações bizarras de pressão. fui procurar no google, como eu sempre faço, com perguntas diretas: “o que causa pressão alta?” e o google me respondeu muito bem, como sempre: peso excessivo (confere), sedentarismo (confere), variação hormonal (confere), colesterol alto (não confere, o meu é normal), fatores genéticos (confere). quatro de cinco me pareceu bastante significativo. hm.

ou seja, já sei que terça-feira será um dia de ouvir tudo o que já sei, mas da boca do dotô, que me dará bronca, me mandará fazer dieta e principalmente exercício e a minha vida mansa vai acabar. pra comemorar e me despedir da esbórnia, almocei galinha frita e polenta, com chopp escuro.

a vida será difícil depois de terça-feira, eu sei. mas com sorte eu serei uma pessoa mais saudável daqui pra diante.

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vimos código da vinci e amei o filme. achei divertido, crível e bem feitinho. só religioso bobo pra se incomodar com a história. bobo ou ignorante, porque as grandes questões teológicas do filme são velhas conhecidas de quem estuda história, não há novidade nenhuma ali. a propósito, o enredo se parece muito com os jogos de RPG do PS2 que costumo amar 🙂 há charadas, códigos para decifrar e “onde estará a próxima pista?” — diversão garantida para os que são de diversão. fiquei até com vontadinha de ler o livro (aquele que já até comprei e ficou ali no canto encalhado).

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furões indo bem, mas ainda somos escravos dos remédios de 8 em 8 horas. não nos convidem para programas fora de casa que durem mais de 4h, please. não que muita gente convide, vejam bem, acho que finalmente atingimos nosso objetivo: fomos esquecidos por todos 🙂

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ainda estou na dúvida: procriar ou não procriar, eis a questão? já tive diversas oportunidades e declinei voluntariamente todas elas. pode se dizer que a natureza tem sido insistente e que eu tenho sido teimosa mas já desfiei meu rosário por aqui: que bem farei eu colocando mais gente nesse mundo? além, é claro, de toda a preguiça de ter alguém além de mim pra cuidar…

por outro lado, creio muito na natureza e acho que ela é sábia (e exatamente por isso não gosto dos métodos artificiais de procriação); se ela for mesmo sábia a idiota sou eu, que tenho sido teimosa. quem sabe é a hora de tirar a teima e ver o acontece: se depois de tantas tentativas a natureza ainda assim achar que eu devo ser mãe, então que seja, eu aceito, vá.

além do mais, junho está chegando, o mês certo pra gerar mais um(a) pisciano(a) 😀

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o silêncio aqui no apartamento é tão grande que parece sempre fim-de-semana. às vezes estou trabalhando aqui na sala e me pego espantada com a ausência de barulho de carros, gente, conversa, música. por que quando fica tudo silencioso parece que o tempo parou?

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falando em parar o tempo, vi na UOL que saiu na playboy a lista dos “top 10” livros eróticos. alguns não conheço e outros acho mais ou menos, mas um da lista me deixou feliz: vox, um dos livros mais tesudos que já li. irmão dele (e mais tesudo, na minha opinião) é fermata, do mesmo autor (nicholson baker). se você gosta de literatura erótica leia fermata, por favor! conversando com o fer hoje sobre esse livro, concluímos que é possível que nem todos gostem do seu apelo, mas… paciência. leia e, se gostar, me avise 😀

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lembrei hoje de uma autora que gosto muito e descobri no início da década de 90 (logo depois de ver o filme que a deixou quase-famosa): josephine hart. li 3 dos 5 livros dela e deu uma saudade danada, queria ler os outros 2. ela é uma desconhecida autora de uma conhecida história, perdas e danos, o filme. as histórias são sempre densas e muito, muito tristes, mas valem cada página. não recomendo para os fracos de coração.

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eu e meu oráculo com alzheimer… lembrei de outra autora quase-conhecida que adoro: karen blixen. (re)conheci a autora quando visitei a dinamarca e caí de pára-quedas no seu museu (que na verdade foi sua casa). eu conhecia e adorava, através de um filme, a sua obra mais famosa: out of africa (entre dois amores). conheci um pouco dessa autora extraordinária da forma mais legal: visitei sua casa, vi seu material escrito e principalmente pude andar por seu jardim. há quem prefira visitar a disney (que aliás eu também adoraria conhecer) mas eu confesso que não trocaria uma montanha-russa por aquele passeio de ônibus na estrada de copenhagem ao museu louisiana com o museu blixen no meio do caminho 🙂

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