parece maldição: eu paro de escrever porque não tenho tempo nem de fazer xixi e ele desembesta a escrever quase todo dia. bom é que na falta do meu mau humor ele garante o equilíbrio do universo 😀
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conheci um taxista que nasceu na ilha da madeira e veio para o brasil com 17 anos, em 1956. toda sua família veio pra cá antes dele, mas todos morreram e ele já não se sente lá muito bem. me perguntou, logo que fechei a porta do táxi: “a senhorita já andou de avião?” e eu fiquei confusa uns instantes. “sim”, eu disse, “já andei. e o senhor?”. ele, com a cara mais espantada do mundo, disse “andei pela primeira vez no mês passado, senhorita, e é uma coisa muito grande! como pode voar, uma coisa tão grande? deve caber umas 1000 pessoas dentro!”. eu ri e passei os 40 minutos seguintes ouvindo histórias e vendo o mundo com outros olhos.
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alguém já te disse, quando você reclama de dor de cabeça, algo como “que bom, é sinal que você tem cabeça”? pode parecer a resposta mais idiota do mundo, mas não é. eu ando com uma dor danada naquele órgão metafórico, o coração: cada pessoa triste ou sozinha, além dos cachorrinhos em gaiolas, me fazem sentir um peso do tamanho do mundo e uma sensação esquisita de impotência. não é fácil ser “gente que faz”: quando não podemos fazer nada além de sentir, parece que alguma coisa está muito errada.
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quando a gente é amigo mesmo, mesmo, pode ficar sem se ver ou se falar por meses ou até anos, e quando se vê ou fala de novo é como se tivesse sido ontem. amor verdadeiro é como aquela bicicleta na garagem: pode até enferrujar mas basta colocar pra funcionar que ela anda que é uma beleza 🙂
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decidi uma coisa importante: defenestrar coisas que me incomodam. se não for possível fazê-lo de fato eu o faço simbolicamente. emails que não interessam, SPAM, comentários desagradáveis? apago sem ler. conversas chatas? ligo o modo “automático”. falta de educação? desprezo. falta de noção? pfff. digamos que é um modo zen mas sem a parte religiosa-bitolada ou, tecnicamente falando, um “filtro de mensagens”.
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eu pre-ci-so de um blackberry neste instante. não posso viver sem ele, aliás, como vivi sem ele até hoje?!
Zel… não é mesmo fácil ser “gente que faz”, o que é a sua cara, diga-se! Eu sinto um privilégio enorme em ser sua amiga e poder contar com você. E conto. 😉 Isso já tá valendo.
Um beijo enorme e o amor de sempre, sempre renovado.
Ah, e queria te dizer… como é bom andar de bicicleta, viu!? É por isso que a gente nunca esquece. 🙂
mais beijo!
zel, descobri todo um mundo novo no seu flickr querida. vou achar um pano pros seus pequenos mosntros que são a coisa mais fofis que vi nos ultimos tempos. ;o)
Muito legal o seu blog. Não pare não.
Ah, e eu no fundo compartilho a dúvida do taxista. Como é que voa, afinal?!
Hello, my dearest bike! 🙂
Tou com saudaaaaaade, viu?
Beijos enormes pra vocês todos aí!
zentes eu QUERO UM CLONE DE MIM MESMA! abuá abuá! mas eu amo vocês, viu?
clau, c é a bicicleta mais classuda aqui de casa 😀
Querida,
seus “probremas” acabaram. Acabei de receber um Blackberry 7290 para testes. Se quiser conhecer melhor o bichinho, dá um pulo aqui.
Vou começar a postar as impressões sobre ele amanhã.
Lado ruim: Não tem câmera…
Beijos