o fer decidiu publicar, homeopaticamente, seus episódios vergonhosos. não sei se ele se manterá na infância (afinal, quando a gente é criança o mico é no máximo engraçado), mas depois de rir um monte, comecei a pensar nos meus próprios micos.
o pior é que eu não consigo lembrar de muitos. minha mãe, aqui do lado, diz que teve uma série, eu é que não lembro. em outras palavras, minha memória é minha amiga 🙂 mas lembrei de pelo menos dois, e vou contar.
um deles, lembro como se fosse hoje, foi entre várias amigas da minha mãe. estavam elas, mulheres adultas e todas lindas e poderosas, conversando sobre assuntos de adulto, numa sala, sentadas com seus cigarros e bebidas. e eu, pra lá e pra cá (não tinha mais que 6 ou 7 anos), pescando uma coisa ou outra, vi uma das mulheres com um anel de diamantes, com uma só pedra. devo ter pensado algo como “vou mostrar que eu também sei o que é isso!” e, pegando na mão dela, disse com muita pompa e propriedade: “nossa, que linda sua solitária!”. só lembro de gargalhadas que duram até hoje aqui nos meus ouvidos.
a outra é um mico menos engraçado mas instrutivo. eu tinha 3 anos, fui ao mercadinho do japonês com a minha mãe. ela não quis comprar um saquinho de confete pra mim e eu não me conformei. simplesmente peguei, escondido (também conhecido como ROUBAR) e levei embora. depois que saímos do mercado, eu abri o saquinho e comecei a comer. minha mãe, horrorizada, “onde você pegou isso?” e eu, *nhoc nhoc* “no mercado!”. pois ela voltou, me fez ir até o dono do mercadinho (o nome do japa era “seu jura”, acho eu), pedir desculpas e devolver o saquinho. ela diz que lembra até hoje das minhas bochechas vermelhas de vergonha (e a boca cheia de confete, aposto). o japa ficou com pena de mim e deixou eu ficar com o confete, mas minha mãe não deixou não.
como vocês podem ver, não foi por falta de mico: se hoje eu sou sem noção, não foi por falta de experiência mas pelo fator memória seletiva 🙂
Ai, deu uma peninha da menina dos confetes…
Sua mãe tava certíssima, veja bem, não acho que ela errou em nada, pelo contrário. Se todas as mães fossem assim o mundo seria um lugar melhor. 😀
Sobre minhas vergonhas, elas estão (até as que eu lembrei) em ordem cronológica, não vai ficar só na infância não. A última tem uns 2 anos, inclusive… 😛
Pô…a do papa “hipoglota” você não contou!
*hahahaha*
a do papa hipoglota é SUA, engraçadinha!! *HAHAHHAHAHHAHAHA*