porque achado não é roubado

deixe que o silêncio discorra por nós

e ache as respostas.

que nos beije o peito, que nos coce as costas

e nos dê o direito de calar

o tempo.

deixe que ele cubra o movimento

e distenda leve como um lençol de renda;

que seja arguto o bastante

para impedir o instante de ser breve.

deixe que o silêncio nos proteja.

pra que ninguém escute, nada se revele

e possamos trocar as nossas peles

sem que a censura veja.

(poema quieto, flora figueiredo)

**

roubado daqui.

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