sweet in the mornin'

oh, lord, sweet in the mornin’

(porque hoje eu acordei com essa música na cabeça)

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e tem mais duas músicas que eu gosto, pra quem quiser ouvir: somewhere over the rainbow (do filme meet joe black) e i’ve seen it all (do filme dancer in the dark)

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ontem eu falava com um amigo sobre a importância de aprender a ler. a maior parte das pessoas que conheço acha que ler é decodificar letras-palavras e obter delas um sentido. aprendi, durante um excelente curso de interpretação de textos no curso de história da fflch, que ler é bem mais que isso. graças a esse curso hoje eu tenho a habilidade de ler criticamente e de fato dialogar com os textos. quando praticamos a leitura mas esse diálogo silencioso entre leitor e texto não existe, periga nos tornarmos um grande balde de opiniões alheias e informações enviesadas — água parada (que fede, aliás). e repetimos discursos que não são verdadeiramente nossos, feito papagaios.

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de um único modo se pode dizer a alguém

‘não esqueço você’.

a corda do violoncelo fica vibrando sozinha

sob um arco invisível

e os pecados desaparecem como ratos flagrados.

meu coração causa pasmo porque bate

e tem sangue nele e vai parar um dia

e vira um tambor patético

se falas no meu ouvido

‘não esqueço você.’

manchas de luz na parede,

uma jarra pequena

com três rosas de plástico.

tudo no mundo é perfeito

e a morte é amor.

(formas, adélia prado)

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