mas é doce morrer nesse mar de lembrar
e nunca esquecer
se eu tivesse mais alma pra dar
eu daria
isso pra mim é viver
(linha do equador, djavan)
que gosto tem a felicidade, que cheiro, que som?
há uma série de coisas que me fazem sentir feliz, quase eufórica, mas nada é mais forte que a música. uma série de músicas têm esse poder sobre mim, mas essa aí de cima é especial. como um clique de euforia, alegria imediata, reviver de emoções e dias que passaram mas que deixaram marcas. lembro especialmente de uma noite, eu morava sozinha, recém-separada e portanto sentindo uma mistura esquisita de felicidade e tristeza. só quem já se separou entende.
cheguei do trabalho, tirei os sapatos, coloquei o disco que tem essa música, soltei os ferrets e fui cozinhar pra mim mesma. e quando chegou nessa música, fui aumentar o volume e os ferrets pulavam ao meu redor feito doidos e eu dançava na sala, pulando com eles e cantando alto, feliz como só é possível quando a gente não percebe o que está fazendo: recém-separada, traída e pulando e cantando com ferrets ao som de djavan. mais surreal só a letra de açaí.
mas eu falava de felicidade, e a verdade é que sempre que ouço essa música me lembro daquele dia e presto atenção a tudo ao meu redor de um jeito diferente. isso também acontece quando está nublado e o sol aparece, quando chove, quando tomo limonada sem açúcar (isso é limonada?) e quando corto o cabelo. eu tenho mania de me perder, divagar em pequenas coisas como aqueles azulejinhos perdidos nas calçadas da paulista e achar tudo lindo e mágico. chego às vezes a comentar com as outras pessoas, mas elas me olham como se eu fosse louca e fico quieta, rindo sozinha… deixo pra lá.
fiquei feliz de ver big fish de novo e também fico feliz quando, sem querer, tá passando aquele programa de TV que eu já vi 10 vezes mas eu amo. simplesmente não entendo como as pessoas não se espantam com as coisas bonitas e legais que acontecem o tempo todo.
e, sabe lá porque, lembrei de abra los ojos e vanilla sky. mais um pouco e chegam as férias. pouco mesmo, só dois dias e lá nos vamos para o fim do continente no hemisfério sul. não é maluco e super-legal? 🙂
limonada sem açucar, café sem açucar, purê de batata com muito azeite de oliva por cima e tomate cru com sal têm gosto de felicidade pra mim. louco mesmo.
Felicidade é, dentre outras coisas, ser surpreendido por um post bacana como este. Ou dançar da maneira propícia (ou seja, como se ninguém estivesse vendo) ouvindo “Born Slippy” do Underworld, “Walking on Sunshine” da Katrina & the Waves ou “Minha Teimosia é uma Arma pra te Conquistar” do Jorge Ben. Em tempo: pena que não te vi no lançamento do livro da Cris…
Olá, Zel!
Fiquei muito feliz pela sua visita em meu blog. Também achei aquelas bonecas bizarras demais! Enfim… há gosto para tudo nesse mundo!
Sobre o seu blog: amei, amei, amei: já virei sua leitora e vou colocar um link do seu no meu, ok? 🙂
sobre a felicidade: não há nada melhor do que se encantar nas pequenas coisas. Nelas estão os segredos do mundo. Adoro rir ser motivo! 🙂
Um beijo
realmente, a letra de “açaí” é surreal. e é assim mesmo. música é para ser sentida, intuída, embuída. a música nos cura.
acho que o nome disso é leveza. ou, quem sabe, despredimento.
eu também ouvia música muito alto e dançava sozinha logo depois de me separar…hehehe….sei BEM como é! 🙂
zelllll
amei tu de garota propaganda do crônicas de quase amor. tu num vai mandar foto pro concurso não fia? mande que estou torcendo por você.
beijinhos.
Música ALTA sozinha em casa, cozinhando para mim mesma e tomando um vinhozinho durante, hmmmmm… Infalível. Acordar num sábado e ver o dia chuvisquento também (aqui não chove nunca). Como o Inagaki, “Walking on Sunshine” me faz feliz. E “Only When You Leave”, do Spandau Ballet (errrr, é… rs), e atualmente aquela da Corrine Bailey Rae, “Put Your Records On” (o CD todo é legal, btw).
Você está certa, é incrível que algumas pessoas não reparem nessas pequenas felicidades cotidianas.
Também me espanto com essa apatia generalizada. Algo bonito ou legal acontecendo e o povo lá, com aquele ar blasé, achando tudo enfadonho. Tenho medo dessa gente.
Né, coisa linda! 🙂
To com saudade, espero vc voltar pra gente falar.
Divirtam-se MUITO!
beijo enorme,
Claudia