aqui tem a história desde o dia 1, pra quem quiser ler tudo.
dia 10
acordamos cedíssimo e pegamos o ônibus de volta a punta arenas. antes de chegar à cidade o nosso taxista-amigo e guia nos pegaria para um passeio à pingüinera mais próxima. obviamente não resistimos ao apelo de ver aquelas coisas fofas e fomos, pela estrada empoeirada e ouvindo o papo mais maluco do universo (guia, um senhor, estudou botânica, com especialização em micro-flora da região patagônica. nós viajamos forte na conversa). os pingüins são as coisas mais cuti-cuti e o lugar onde eles moram é lindo, tranqüilo e gelado de morrer, mesmo sendo verão. eu não sabia que eles fazem seus ninhos no mato e os pares se revezam para ir comer no mar. voltam andando naquele passinho desengonçado de pingüim… ploft-pleft. lindos!
fomos à praça principal da cidade, onde fica a estátua do famosíssimo hernando de magallanes (fernando de magalhães, para os íntimos do idioma luso) e o índio cujo pé se deve beijar para retornar à terra do fogo (beijamos, claro). fomos a um lindo mirante da cidade pra ver o estreito de magalhães mas o melhor do passeio foi o cemitério da cidade, auto-proclamado o mais lindo do chile (deve ser mesmo). um tanto céticos fomos conferir, mas confesso: é um lugar sensacional. dá vontade de morrer e ficar exatamente ali.
no fim deste mesmo abençoado dia voltamos a puerto montt e, para nosso deleite, o tempo estava espetacular: um céu azul e limpíssimo. corremos de volta ao vulcão osorno, para poder subir até a estação e vê-lo com dia claro. de quebra, assistimos um pôr-do-sol laranja e azul, quase às 9 da noite.
dia 11
o dia seguinte foi uma viagem de cerca de 300km até villarrica, à beira do vulcão villarica e região de esportes radicais. no caminho para pucón vimos o vulcão villarrica (ativo!) de longe e ficamos frustradíssimos por não termos condições físicas de subir até a cratera e ver a lava: é uma subida de 4km na neve, cerca de 5 horas, ou seja, inviável para dois sedentários 😀
conformados, seguimos para pucón e nos entregamos à gula: o fer experimentou o prato mais famoso do chile, o curanto (escreverei um post sobre ele, pra cam) e eu comi o tal lomo a lo pobre (nosso filé a cavalo, muito bom).
dormimos no primeiro hotel de preço decente que encontramos perto da cidade, sem grandes exigências, e acordamos num jardim à beira do lago, lindo lindo lindo.
dia 12
optamos pelo passeio simples até o sopé do vulcão e depois paramos à beira do lago para um passeio de pedalinho em águas cristalinas e azuis, com vista para o vulcão. espetacular.
resolvemos dar a volta toda no lago, pra conhecer a região, uma grata surpresa: um dos caminhos mais lindos que já vi na vida, estradas de pedra com montanhas ao longe e muita água por todos os lados. descobrimos uma ponte pênsil sensacional, vimos cemitérios de árvores e o próprio paraíso na terra ali, à beira do vulcão e do lago.
dia 13
dormimos em chillán (um horror de hotel) e no dia seguinte compramos calcinhas e cuecas no supermercado porque não lavamos NADA na viagem. aliás, que calcinhas maravilhosas! comprei 4, uma de cada cor 🙂
viajamos mais de 300km e lá pelo meio do dia chegamos à vinícola miguel torres para a melhor refeição de toda a viagem: menu fechado com um vinho por prato. simples, prático e maravilhoso, ao som de… bossa nova 🙂
saímos de lá diretamente para o litoral e após uma penosa busca nos hospedamos num hotel de quinta categoria em viña del mar e dormimos o sono dos justos, apesar das mariposas e das toneladas de ácaros 😀
dia 14
acordamos e fugimos rapidamente do hotel-macabro, pensando em achar algum lugar melhor em viña del mar. o problema é que nenhum de nós simpatizou muito com a cidade, principalmente porque depois do nosso mergulho nas montanhas e no silêncio aquilo tudo parecia caótico, fedorento, úmido e barulhento. resolvemos conhecer a costa, paramos, tiramos fotos, descobrimos alguns preços e, apesar dos lobos do mar e dos pelicanos, não nos empolgamos em ficar por lá.
fomos para valparaíso, a cidade portuária. o pacífico é lindo, com várias vistas incríveis, mas preferimos voltar a santiago e conhecer algumas coisas mais, afinal não somos mesmo de praia…
depois de uma maratona em santiago para encontrar um hotel (foi difícil) nos deparamos com a pousada el salvador (irônico, ahn?) que de fato foi uma bênção nas próximas 2 noites (apesar dos 4 lances de escada para subir…)
descansamos e, pela primeira vez na viagem, fomos a um bar à noite, tomar cerveja, comer uma pizza e bater papo de bar. fomos a pé, o bar tinha boa música, cerveja gelada e decoração maluca, do jeitinho que eu gosto. uma boa noite pra chegar ao fim de uma bela viagem 🙂
dia 15
de volta a santiago, fomos visitar o centro da cidade: museu precolombino, galerias cheias de lojinhas (compras!), a catedral (linda, com imagens de todos os santos que eu conhecia e não conhecia) e o mercado central, com toda a oferta de peixes e frutos do mar que existem.
eu estava gripadíssima e não aguentei a jornada urbana com calor senegalesco: me entreguei ao sono de muitas horas pra recuperar as energias. essa noite foi só TV e preguiça…
dia 16, o último
amanheceu um dia lindo e azul e pudemos acordar um pouquinho mais tarde. fomos para o aeroporto, fizemos compras, pegamos filas e sonhamos com nossa casinha de volta durante o vôo. mãe e pai esperando no aeroporto, alagamento em SP, 2 horas pra chegar em casa… ah, nada como nosso lar! 🙂