quanto mais presto atenção ao meu redor, mais me chateio com as pessoas e suas atitudes (ou a falta delas). é decepcionante ver alguém falando mal de fulano pelas costas e na frente tratar super bem; é triste concluir que integridade não é uma virtude de muitos. me sinto quase amaldiçoada: consigo ver a mentira e a falta de sinceridade em nuances quase imperceptíveis. às vezes é um tremor na voz, outras é uma vírgula. uma respiração ou levantar de sobrancelhas, mas eu vejo. e sei que não é loucura nem paranóia, é como se minha percepção estivesse alterada e eu conseguisse ver um pouquinho além do que se vê todo dia, enquanto estamos amortecidos pela pressa.
será que é pedir demais querer que as pessoas digam a verdade pra elas mesmas e pros outros? sendo necessário omitir, que o façam por compaixão e não por covardia. não sou completamente contra mentiras, entendo que elas às vezes são necessárias, mas que sejam somente as necessárias, não mais. não entendo por que as pessoas dizem uma coisa e fazem outra completamente diferente, fingindo que está tudo nos conformes.
estou cansada de pessoas que se apegam à aparência e grife, a valores vazios, que mal enxergam seu próprio nariz. ando irritada com aproveitadores e tiradores de vantagem, com os que só pensam no seu próprio benefício mesmo nas coisas mais mínimas. entristeço quando escuto ou leio discursos fabricados (seja pros outros, seja pra si mesmo). talvez por isso tenha sido tão urgente apagar 3 anos deste blog: era muita auto-mentira num lugar só.
não tem sido incomum eu mudar de assunto no meio de conversas com as pessoas, procurando terreno neutro. busco um assunto insípido o suficiente pra não trazer à tona o pior das pessoas, pra que eu não me decepcione de novo e mais uma vez com as mesquinharias. falemos da novela, do documentário do tubarão ou do que passa no cinema. por favor.
me sinto de volta àquela única noite na vida em que usei uma droga alucinógena, pra nunca mais: eu enxergava dentro das pessoas e todas eram horríveis. monstros deformados sorrindo pra mim, segurando um copo de bebida e andando pela casa.
concluo que só mergulhando em mim mesma e no meu mundo furta-cor, profundamente, é que consigo enxergar beleza mesmo nos monstros. mas não ultimamente: minha piscina interna pelo jeito fechou pra balanço. enquanto isso fecho os olhos, como em filme de terror, e rezo pra que seja tudo minha imaginação ou uma maldição que por milagre vai passar.
estou me metendo aqui no seu blog, pedindo licença desde já, pra dizer que entendo completamente o que você quer dizer. estou cansada deste mundinho ordinário em que a gente vive. parece que essas coisas ruins estão virando hábito em alguns ambientes. ainda bem que agora descobriram um outro planeta habitável pro caso da gente não suportar mais 🙂
abraço.
zel, a cultura de massa vende isso pra gente todo dia. Vocë está velha para o homem que é mais velho que você, não tem a beleza que é exigida, não tem aptidão x ou y para trabalhar no mercado. Mesmo que x e y não sejam necessários para a função em pauta…Ninguém gosta de gente síncera. Nós não gostamos de nós mesmos assim, sínceros. Quando mentimos para os outros a repeito de nossas virtudes, ocultando assim os vícios, enganamos a nós mesmos, porque para aquele sujeito que ouve, não faz a menor diferença. Contudo lá no incosnciente que tudo sabe, e para Deus, somos aquele serzinho insignificante que só existe num mundo de faz de conta.
Isso vai se acumulando, e quando damos conta, estamos com tanta retro-alimentação negativa dentro de nós que o mundo desaba…Que bom que você conseidera-se síncera, porque, acredite, é uma dádiva.
é… eu também ando apagando a luzinha interna, de quando em vez, na expectativa de imaginar que o que eu veria se luz houvesse seria belo…
tentei comentar lá em cima, não deu. desconfio muito desses comentários com numerinho pra você copiar. mas enfim, lá vai. no item antes deste aqui você falou uma coisa interessante sobre a falta de fé espiritual e/ou na humanidade. tem um francês aí que diz que as pessoas precisam de religiosidade, mas em vez de uma religião da divindade a gente tende agora a uma religião da humanidade. gostei muito do que ele disse, porque sem saber eu também pensava assim. quanto ao resto do que vc fala por aqui, gostei muito. vou linkar você, se não se importar. beijos.
Os nossos olhos veêm o que queremos ver, o mundo externo é o produto do que pensamos, se pensar que sim será sim, mas se pensar que é não será não, assim como 2+2 é igual a 4 ou 2+2 ser igual a oito, isso não importa. O que realmente importa é saber fazer sua própria realidade. Pergunte-me se sou louco e eu direi que “sou”, o que você prefere loucura ou razão?, diria razão?, é bem provável que sim. Ser louco é como ser diferente, razão também, e não são duas coisas tão distantes, aprenda a ver nas pessoas, os seus valores bons!!!, e você vai perceber que elas são realmente boas, agimos por instinto assim como uma cobra dando um bote ou um belo lagarto mudando de cor, se eu te tocar terá uma reação, está tudo no vazio?,completo?, vazio e completo se complementam, todos temos razão e somos ao mesmo tempo loucos!!!. é difícil de entender ? considero que sim!!!? mas não tem nada a ser compreendido. Esse é o nosso mundo, um presente de surpresas e um futuro de incognitas e um passado constante que não se pode mudar, mas onde é que tudo acontece?, futuro ou passado!!!? onde é que está o início ou o fim?, sempre sabemos que estamos na metade!!!, porque não tem fim nem início. Bom é isso!!! vamos pensar racionalmente!!! até mais e tenha ótimas surpresas