mundo, esse lugar horrível: versão internet

eu já falei tanto disso que achei até desnecessário, mas sempre tem alguém pra nos lembrar do contrário. vocês aí pessoas educadas e de bem que têm seus blog vão entender rapidamente e se solidarizar com as barbaridades que acontecem nesse mundinho.

os bullies internéticos

escrevi, faz um tempinho, para um psicólogo especializado em psicopatias internéticas (existe isso, acreditam?) perguntando sobre os “valentões” comentaristas de blog, vejam se reconhecem:

1) são normalmente muito agressivos. querem fazer você se sentir mal pelo que escreve, parece ou é. por exemplo: deixam comentários dizendo que você é gordo, feio, chato, cara de mamão, sei lá.

2) não se expõem. no máximo deixam um email (que nem sempre é verdadeiro), mas jamais deixam blog ou página pessoal, porque temem retaliações. em outras palavras, são covardes.

3) apresentam motivos bizarros pra xingar ou agredir. por exemplo: a cor do seu esmalte, o corte do seu cabelo, o nome do seu cachorro, you name it.

4) são obcecados. por mais que digam que tudo o que você acha e diz é idiota e ruim, lêem cada palavra, esperam ansiosamente um novo post pra comentar.

5) são bem jovens. não sei se esse fator tem a ver com tempo sobrando (que adulto hoje em dia tem mesmo tempo pra ficar perseguindo pessoas?) ou com o excesso de hormônios. talvez as duas coisas.

segundo o psicólogo que consultei, a forma de lidar com esse tipo de pessoa é a mesma em qualquer contexto (internet, escola, trabalho, etc.): não dê corda. ignore, pois eles querem atenção, precisam achar que alguém se importa, seja como for.

esse foi um dos motivos que me levou a moderar os comentários: bastou eu precisar aprovar, esse tipo parou de comentar. é simples: não havendo picadeiro, não tem palhaço. pra vocês terem idéia, já recebi comentários descrevendo (com detalhes horríveis) torturas a animais, só pra me provocar. quão doentio é isso, meu deus?

se você já passou por isso ou se vier a passar, resista à tentação de responder, argumentar ou conversar, simplesmente ignore. esse tipo de gente não quer conversar, quer aparecer.

os quase amigos

acho que não tem basicamente nada que aconteça via internet que não aconteceria aqui no mundo analógico. mas algumas coisas só esse meio maravilhoso nos proporciona…

tenho um exemplo triste, principalmente porque a vítima fui eu, mas que vale compartilhar. há uns 5 anos apareceu um blog que se dedicava exclusivamente a meter o pau em pessoas que tinham blog e que eles consideravam “celebridade”. o simples fato destas pessoas perceberem o mundo dessa forma já diz muito sobre o grau de loucura delas, mas vamos adiante.

pois esse blog era isso: procurava blogs “famosos” e xingavam, tiravam sarro, etc. a diferença destes para os bullies é que eles criaram seu próprio espaço (mas eles eram mais velhos, perto dos 30, comprovando que até os idiotas amadurecem). eram vários, anônimos e incansáveis.

outras vítimas e eu mesma usamos a regra de ignorar, que aliás funcionou, e eles desistiram depois de pouco tempo. só que logo depois de terem parado com os ataques eu descobri (por acaso, sem querer) que no grupo que escrevia esse blog havia pelo menos 2 pessoas que eu considerava como amigas. não é amigo de mandar email de vez em quando, não, é do tipo de frequentar a casa!

claro que esse tipo de sacanagem pode ser feita independente da existência da internet, mas creio que a anonimidade ajuda a transformar em realidade todo o potencial de podridão de algumas pessoas. patético.

a invasão de privacidade

escrevo neste blog deste junho de 2000 e houve algumas épocas de excessiva exposição da minha vida pessoal, é verdade. exatamente por isso apaguei os arquivos (o que existe hoje aqui é de nov/2002 pra adiante), mesmo sabendo que os textos ficam espalhados por aí à minha revelia. aprendi da pior forma que não é legal falar demais da sua vida com pessoas que você não conhece, até porque dá margem para invasões não desejadas.

apesar de ter reduzido a informação pessoa, o tom pessoal permanece, pois é o jeito que gosto de escrever; talvez seja por isso que ainda há pessoas que pensam que isso aqui é a casa da mãe joana.

é incrível: sempre tem quem ache que tem o direito de vir aqui no meu blog e me dar conselhos, fazer críticas à minha aparência, minhas opiniões, me xingar, etc. mal comparando, pra mim seria mais ou menos a mesma coisa que morar numa casa sem portas trancadas e alguém se dar ao direito de entrar, me xingar, ofender meus convidados, etc. isso é caso de polícia em qualquer lugar, mas na internet parece que todos os espaços são de todo mundo pra fazer o que bem entender.

qualquer pessoa educada e bem criada não só entende a comparação como não se presta a esse papel. conheço dezenas de pessoas (eu inclusa) que lêem as maiores barbaridades na internet, vêem coisas absolutamente sem noção por aí e nem por isso vão lá fazer barraco. nós, pessoas educadas, fechamos a janelinha e vamos cuidar da nossa vida.

eles, as pessoas sem noção, vão brigar com gente que sequer conhecem. os loucos não só brigam e xingam, eles perseguem e ameaçam.

isso pra não falar dos imbecis que fazem propaganda em comentários de blog. eles não te conhecem e nem querem conhecer, querem aproveitar um espaço que você se dá ao trabalho de manter (com ou sem custo em moeda) pra se promoverem. e ficam putos se você reclama e avisa que isso se chama SPAM.

falando nisso…

um causo de spammer

outro dia uma senhora deixou (aqui e em mais uns 10 blogs que conheço) um comentário de propaganda dos seus serviços. eu obviamente não publiquei e escrevi pra ela dizendo que devia ter vergonha de fazer propaganda não-autorizada em blogs particulares.

a resposta dela foi uma pérola: me xingou, dizendo que eu é que devia ter vergonha (não explicou do quê) e que “bastava apagar”, não precisava “dar bronca”. afinal, disse ela, o que custa apagar um comentário?

tem gente que definitivamente não entende que certas coisas não têm a ver com custo, trabalho, tempo ou coisa parecida. a questão é de princípios e valores, conceitos que infelizmente pouca gente ainda cultiva.