when the rubber hits the road

ouvi essa expressão ontem e a-mei. não sei quando vou usar, mas tá guardadinha 🙂

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vocês já se deram conta de como a comunicação verbal e escrita é um frankenstein? a gente mutila um pedaço de livro aqui, a frase de um colega ali, um refrão de música, junta tudo, ajeita e, voilá!, eis aquela idéia que estava no éter transformada em alguma coisa real.

as idéias, quando concretizadas em verbo, são monstrinhos, não tem jeito.

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todo mundo tem as músicas que marcam certas fases, ocasiões da vida ou um relacionamento? algumas músicas me fazem voltar no tempo, lembrar daquela época em que a música X foi importante. hoje tocou andrea doria e lembrei da minha adolescência.

é engraçado: adolescência, pra mim, são os meus irmãos. não lembro de amigos, festas ou sentimentos típicos de adolescência. lembro de ir à praia com meus irmãos, andar de bicicleta, tocar violão (aí entram os amigos) e ouvir muita música em casa.

andrea doria é uma das minhas músicas preferidas na vida e descobri hoje de onde vem o nome, que coisa.

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eu choro ouvindo algumas (várias) músicas e quase nunca sei porquê. é um choro bom, não é tristeza nem melancolia, acho que é emoção mesmo.

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sempre achei tão gay chorar de emoção… sei lá, coisa de miss 😀 ainda acho, mas já me permito. pode ser a idade, afinal esse ano faço 36, uma idade que pra mim é simbólica – é a segunda metade dos trinta, daqui a pouco chegam os 40. que medo.

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eu perco o chão

eu não acho as palavras

eu ando tão triste

eu ando pela sala

eu perco a hora

eu chego no fim

eu deixo a porta aberta

eu não moro mais em mim

eu perco as chaves de casa

eu perco o freio

estou em milhares de cacos

eu estou ao meio

onde será que você está

agora?

(metades, adriana calcanhoto)

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se tivesse que escolher uma única música pra associar com meu casamento, escolheria sem fantasia. ah, e acho tão linda essa frase dele: eu quero te contar / das noites que varei / no escuro a te buscar.

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hoje tentei fotografar o sol nascendo da sala, que estava estúpido de bonito. espero que tenha saído algo que preste, tou louca pra mostrar pra vocês. aliás, tou completamente louca, mesmo, babando no nascer do sol. tipo aquela coisa que acontece todo santo dia desde que o mundo é mundo 🙂

relevem, eu nunca curti o sol nascendo na vida, estou deslumbrada.

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nada de feriado, nada de carnaval. esse ano, sem a ajuda da minha mãe em SP pra cuidar dos furões, é impossível sair de casa por mais de 12h seguidas. estamos com 3 deles idosos e tomando remédio 2 vezes por dia (um deles sendo alimentado a cada 4h, quando possível), ou seja, é dedicação quase exclusiva. ainda bem que aproveitamos bem os últimos 2 anos e viajamos pra tudo que é canto, porque a moleza acabou…

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mas não há de ser nada. as próximas férias já estão planejadas pra 2009, queremos visitar yellowstone e o grand canyon, tudo de carro, como a gente gosta. isso se não mudar de tudo de novo em 2008, deus nos livre 😀

enquanto isso a gente baba:

mais aqui.

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  1. Ei, flor, cê lembra daquela minha fase radical: “eu não gosto da Elis”? Aí, eu dizia “Zel, eu não gosto da Elis” e Você: “eu também não gosto” e a gente falava horrores da falecida. Só que, um belo dia, comprei aquele disco que se inicia com “No dia em que eu apareci no mundo…”, e ficamos ouvindo o tal cd uma semana inteira. Cê chegava do trabalho e começava “O dia em que eu apareci no mundo…” e a música era repetida ad nauseam. Cê ainda faz isso de ouvir, ouvir e ouvir a mesma música? Pois é, eu não superei a fase ainda. Memories. Beijo do Gabis.

  2. gabis, não só lembro como tenho esse CD e escuto essa música 1001 vezes, sempre lembrando daqueles dias doces e melancólicos. foi uma época marcante pra mim, uma fase importante. que saudade das leituras e do seu chá…

  3. Zelinda, nao to acreditando! Há uma semana passei uma fase Andrea Doria de novo, com a música na cabeca, cantando sem parar, e puta pq descobri q nao tenho uma das músicas de minha vida em meu mega iPod, q tem mais de 11.000 músicas dentro!!! Dá prá acreditar?

    Pois é, eu nao passei o q tinha em LP e K7 para o iPod, e fiquei sem…

    saudades

    beijinhos

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