é verdade que mudanças são necessárias, importantes e etc. mas mudar de casa especificamente é uma experiência traumatizante, sempre. a última mudança foi pro nosso apartamento reformado e planejado por nós, e mesmo sendo assim houve pedras (muitas!) no caminho. foram meses pra tudo ficar direitinho.
aí você escolhe mudar do seu apartamento todo planejado e arrumadinho no meio da cidade pruma casa antiga de madeira, sem armários, e no meio do mato.
confesso que quase chorei no meio da “arrumação” (muitas aspas) de ontem. eu tenho uma quantidade tal de acessórios de cozinha que vocês não acreditariam. um armário simples de cozinha (aqueles debaixo da pia) não comportou nem 1/3 das minhas coisas. vou ter que priorizar os acessórios de uso constante e deixar na cozinha, o restante vou ter que manter na cozinha da churrasqueira (que tem espaço, graças a deus).
e tem a comida, né? no apartamento tem despensa, na casa não. tive que me virar no mcgyver e improvisar uma arrumação tabajara pra desembalar a comida. os produtos de limpeza? nem pergunte: estão nos cestos de lixo, “guardados”, e enquanto isso o lixo está ali, olhando pra nós.
todo o planejamento que fizemos para os furões furou (desculpem o trocadilho) porque a porta do quarto que reservamos pra eles não fecha. é, nós não testamos todas as portas da casa antes de alugar. quem faz isso, aliás? provavelmente quem já passou pela experiência que estou passando. as portas das minhas próximas casas serão devidamente testadas, é fato.
como se não bastasse a bagunça, um ou outro vaso danificado, plantas e furões estressados e um calor senegalesco, por volta das 20h começou uma chuva torrencial. a casa estava toda aberta, claro, e metade dela ficou molhada (o piso é frio, felizmente). as luzes piscaram por causa da tempestade e o fer foi buscar as lanternas (estamos no meio do mato, gente!). nenhuma funcionava, claro, não eram usadas há décadas. mas a luz não acabou, nosso santo é forte 🙂
bem, não tão forte assim… com a chuva pesada e o vento, adivinhem? apareceram goteiras. discretas, é verdade, mas absolutamente presentes. mais um item pra lista de “problemas para resolver”. e os quartos do fundo da casa, que tinham algumas infiltraçõezinhas (as paredes são encostadas na terra do fundo do terreno), se transformaram em silent hill versão amaldiçoada: em alguns pontos a água escorria da parede. pavor absoluto, re-arrumações para evitar desastres como a perda de todos os DVDs e uma vontade desgraçada de voltar pra civilização e o conforto do nosso apartamento. e lá fora, nas varandas, uma camada de água suficiente pra cobrir os meus pés. como compensação, as minhas plantas estão do lado de fora e nunca pareceram tão bonitas e felizes.
e tem os bichos, né. estamos no meio do mato mesmo, não é forma de dizer. mosquitos, lagartixas, aranhas, pernilongos, besouros (muitos!) e outros insetos que não identifiquei ainda nos fazem companhia. não nos incomodaram, verdade, mas a mera presença deles é uma coisa esquisita pra nós, cuja experiência com animais de asas se resume às andorinhas visitantes ocasionais.
por enquanto as notícias são essas: a casa está uma bagunça, o celular não pega em alguns pontos da casa, temos mini-inundações em pontos isolados e há bichos por todo o lado; em compensação eu cheguei ao trabalho em 25 minutos de caminho tranquilo, os furões estão bem e por aqui só se ouve o barulho dos passarinhos.
depois eu conto sobre a plantação involuntária de cogumelos in doors.
Ai Zel, passei por essa das portas no apartamento que aluguei em dezembro… é a coisa que mais martela na minha cabeça pra quando for alugar outro apê… que aliás já estou pensando em procurar, porque morar no térreo de uma rua movimentada e com janela pra rua não é uma experiência das mais agradáveis!
A da despensa e espaço pras coisas da cozinha também porque estou numa kitnet rs… já imaginou você morando numa casa com uma cozinha de 1,5×5? não ía dar de jeito nenhum né? se eu não me mudar em breve vou falar com a dona do apartamento pra ela deixar eu derrubar a parede da cozinha e juntar ela com a sala… dá trabalho né…
Além do fato de verificar se há vazamentos e “consertos” a se fazer, o que dá trabalho, pra não falar o dinheiro gasto… verdade que um apartamento prontinho e nosso seria a opção ideal né…
Apesar de tudo, nada paga o sossego de fugir do trânsito e chegar mais rápido no trabalho… se bem que antes você não trabalha em home office? difícil reacostumar a não ter como dar uma escapadinha num momento “nada pra fazer” pra tomar um chá, cuidar dos furões ou mesmo colocar a casa em ordem não?
Nossa! Agora que vi o potinho ante olho-gordo no layout (eu assino o RSS)
Ficou o máximo =D
eliane, eu trabalhava em homeoffice parte do tempo (30% mais ou menos). a outra parte do tempo eu ficava indo de cliente em cliente, cada hora num canto. mesmo com a vantagem do homeoffice, essa via-sacra é muito cansativa… ir todo dia pro mesmo lugar é BEM mais simples e menos stressante 🙂
hahahahahahaha!
Vai dar tudo certo. TEM que dar hehehe.
O mais importante tu já tens: senso de humor. 😉
Eu passei por mudança há 8 meses, quando me casei, e agora estamos de mudança marcada novamente, pra um ap mais espaçoso. Na primeira, todos os móveis foram entregues e montados por pessoas especializadas. Agora quero só ver o fuzuê que vai ser.
Será que tem santo protetor dos desesperados-em-mudança? =D
Bj e boa sorte!
Ai Zel, força na peruca aí, porque é DOSE! Eu tinha trauma de cozinha pequena, na minha casa a minha prioridade era uma cozinha gigante, arejada e iluminada, a arquiteta conseguiu fazer o espaço que eu queria e agora estou conseguindo decorar exatamente como sonhava. Quando tiver um tempinho da uma olhada que tenho fotos desta maratona no meu blog… E outra, em casa parece que sempre, sempre, sempre temos o que fazer, hoje mesmo, depois de ter me mudado a três meses com a obra entregue pronta, tenho um pintor por lá de novo.
Beijoca
eu estou prestes a me mudar só que, daqui, so levo os cd’s, dvd’s, livros e roupas.
de resto, tudo novo. tudo, entre aspas, porque pra ter tudo ainda vou levar uns meses. coisas como sofá e box no banheiro, por exemplo.
confesso que quando li seu relato me deu um ‘leve’ desespero. eu, no seu lugar, acho que tinha dado um pití astronomico, ligado pra imobiliária e ameaçado de morte a pessoa que me alugou uma casa com goteiras e infiltrações… fora os insetos. meu deus, eu tenho PAVOR de insetos.
o mais engraçado, disso tudo, é que você parece lidar bem com as ‘adversidades’.
entonces, boa sorte na adaptação e felicidades na nova fase!
beijo
Zel minha flor, paciência. No fim tudo vai dar certo (perdoe o clichê).
E ainda bem que, como alguém aqui já disse, você tem ‘bom’ humor com a situação. E como outro alguém já falou.. casa é isso aí. Tem mais ‘espaço’
mas tem muito mais trabalho. E acho que nunca fica perfeita.. quando arrumamos uma coisa aqui, encontramos outra pra arrumar logo ali. Mas vai com força e paciência que logo tudo se ajeita. Beijos e boa sorte!
Oi Zel,
Mãe eficiente por perto é tudo. Passados os primeiros dias, você vai curtir muito. Fiz questão foi de deixar um lembrete: por aqui a presença da dengue é bem maior que em SP, tá? Minha filha e mais 6 colegas,”pegaram” no início de 2007, trabalhando no SESC, que fica no centro de Campinas. Então, não esqueça: seria bom manter aqueles aparelhos na tomada, além de outros cuidados. O aedes surge e pica principalmente de manhãzinha e à noitinha. Bom, de dia tb…Mas é só ficar esperta que nada acontece. Muito boa sorte para vocês.
quero minha mae