quase arrependimentos

às vezes – bem de vez em quando – fico pensando se os cortes que fiz na folha de relacionamentos nos últimos anos foram radicais demais. percebo, a tempo, que a dúvida aparece quando a distância se estabeleceu de vez e eu pouco lembro do que me fez dizer não.

importantíssimo o parêntesis aqui: sou daquelas pessoas geneticamente incorretas que esquecem os motivos pelos quais devemos evitar isto ou aquilo. em termos evolutivos eu sou um fracasso e já teria sido comida por uma onça há muitos anos – “ahhh que gatinho bonitinho, duvido que vá me fazer mal e… *nhoc*”.

pois vejam um exemplo da tecnologia a serviço da falha genética alheia – vários elementos da minha lista de ex-convivas estão espalhados pelo mundo digital e muitos deles têm blogs. quando minha memória-de-perigo falha, geralmente eu volto aos blogs e afins dessas pessoas e levo uma pancada digital, daquelas bem doloridas.

“ahn, então foi por isso que eu botei esse aí no congelador. lembrei.”

é muito mais simples quando as pessoas são pura e simplesmente más ou imbecis. estes eu elimino com facilidade e nunca mais penso nisso. o problema são os que parecem legais – e talvez até sejam legais pra outras pessoas – mas que não são legais pra mim.

esse tipo geralmente me faz pensar “que idiota!” mas é pura raiva, estas pessoas não são nem de longe idiotas. elas têm lá suas qualidades, às vezes até muitas. não são burras nem nada, elas simplesmente não respeitam a mim e às minhas idéias e portanto não cabem no meu mundo.

pois então, ciclicamente, revivo meus motivos para afastar alguns, graças à internet. fico um tempo sem saber nada da pessoa e quando volto a “procurá-la” quase sempre redescubro que essencialmente nada mudou.

mas o choque de realidade dura pouco e, logo logo, volto pra minha vidinha de achar que todo mundo é legal (e não é?) e tudo vai acabar bem (e não vai?) 🙂

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  1. Ah Zel… eu acho que somos descendentes da mesma tribo de neanderthals (é assim que se escreve?) que sobreviveu por sorte…

    Eu também sou assim, e morro de raiva de mim mesma pq caio sempre nas mesmas armadilhas desse povo… nem sei como defini-los.

    Enfim… mas que bom q a gente sobrevive, e embora precise de uma paulada pra recuperar a memória, estamos aqui. Firmes e fortes. E melhor: sem “eles” nas nossas vidas!

    Beijoca!

  2. Zel, não sei se vc já sabe, mas queria te passar o endereço de um site que a Fundação Getúlio Vargas fez com uma lista de produtos e serviços sustentáveis, como móveis, refrigeradores, etc.

    O site é novo ainda (fiquei sabendo pela CBN nesse fim de semana), então acredito que eles ainda vão adicionar mais informações.

    Enfim: http://www.catalogosustentavel.com.br/

    😉

    [zel] OBA! 😀

  3. Ahahaha…Tbém me sinto assim, uma índia de alguma tribo esquecida…born to be wild!

    Isso aqui é muito certo:

    esse tipo geralmente me faz pensar “que idiota!” mas é pura raiva, estas pessoas não são nem de longe idiotas. elas têm lá suas qualidades, às vezes até muitas. não são burras nem nada, elas simplesmente não respeitam a mim e às minhas idéias e portanto não cabem no meu mundo…

    Sabe, Zel, eu demorei um tempããããõ pra perceber isso, que as pessoas não são idiotas, mas idiotas comigo. E demorei a aprender que elas podem ser muuuuuuuuito legais com outras pessoas.

    Bom, eu não sou nobre mesmo, então faço como vc, quem não legal COMIGo eu deleto da minha vida. Simples assim (hum, não tão simples, vai)

    Bjos

  4. oi zel,

    você me permite dar uma opinião? eu acho que todas as pessoas tem defeitos e qualidades, e eu acredito nem ser o caso de dizer que uma pessoa seja melhor ou pior que outra, mesmo porque dificilmente conhecemos tão bem assim alguém, o que somos é diferentes. nós nos aproximamos e estabelecemos relações com pessoas com quem temos conexões, afinidades. as outras não são necessariamente ruins, são apenas diferentes e certamente terão outras pessoas com quem se relacionar de uma maneira feliz.

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