lembram que eu falei de uma viagem bate-e-volta pro méxico semana passada? pois então: em 1 dia e meio que fiquei por lá, conseguiram perder minha bagagem e me colocaram num quarto já ocupado.
como vocês já sabem, sou uma pessoa positiva e que ri de qualquer coisa, principalmente de mim mesma. esses dois eventos, portanto, foram uma ótima oportunidade de dar boas risadas e não poderia deixar de compartilhar.
eu sou esperta e não despacho tudo na mala, então as coisas mais importantes estavam comigo na bolsa la reina madre: celular, documentos, notebook, carregador, itinerário da viagem e uma muda de roupa (ha!). eu viajei à noite e, depois de uma viagem de 11 horas (9 e meia de SP à cidade do méxico + 1,5 de lá para uma cidade menor) fui direto para uma reunião de dia inteiro.
consegui dormir, comer e até trocar de roupa antes da reunião, mas minha mala não chegou no mesmo horário que eu. o mais estranho é que eu VI minha mala indo para o avião de brinquedo que nos levou para o interior do méxico, mas ela nunca entrou no mesmo vôo que eu.
depois de preencher uma ficha de perda amarela, fui direto para a reunião e dali para um jantar de confraternização; tive então que pedir delicadamente aos colegas mexicanos que me levassem a uma loja para comprar roupas para o dia seguinte. começa então a história bizarra número 1.
me levaram à sears. razoável, porque estava aberta às 8 da noite e tem grande variedade. só não me contaram que aquilo era praticamente uma loja de fantasias, todas elas de carmem miranda. juro por deus, eu quase comecei a chorar quando entrei. não conseguia achar sequer UMA blusa que não fosse com babados, fru-frus e com estampas monstruosas de flores ou plantas. eu me senti numa estufa de poliéster e quase tenho um surto na loja.
depois de 30 minutos procurando uma blusa simples e discreta (não tinha!), acabei comprando uma blusa de malha de algodão que parecia um vestido, preta, que deixou meus peitos parecidos com uma instalação. ok, melhor que me vestir de carmem miranda misturada com pamela anderson. e comprei uma calcinha da calvin klein chocolate, lindinha, que salvou meu dia (paguei na calcinha o dobro do que paguei na blusa, aliás).
fomos a um restaurante massa, conversei bastante usando meu portunhol avançado e fui para o hotel. o lugar era lindo de morrer, parecia um castelo, mas juro que estava cansada demais pra reparar (só tirei fotos no dia seguinte). peguei meu cartão e fui pro quarto. começamos a história bizarra número 2.
entro e acendo só uma luzinha, como sempre, porque não gosto de luz demais. jogo a malinha no chão, arranco o sapato e as calças e vou fazer xixi, obviamente com a porta do banheiro aberta. ligo pro marido enquanto isso (tudo ao mesmo tempo) e começo a contar como foi o dia (já era mais de 1 da manhã pra ele). dou descarga, saio do banheiro, começo então a prestar atenção no quarto enquanto falo com ele e noto algo estranho: uma mala aberta; gravatas esticadas na cama (!) e coisas espalhadas na mesinha. OPS! desligo correndo dizendo: “amor, eu estou no quarto de outra pessoa”.
ligo para a recepção e, no meu portunhol maravilhoso, explico a situação. a moça, desesperada, diz algo como “saia daí imediatamente ou sua cabeça vai explodir! mas nos desculpe o inconveniente, alguém vai ajudá-la em alguns minutos”.
eu entendi muito bem a parte de sair imediatamente e assim fiz, depois de colocar a roupa de volta e esticar o lençol da cama. como se fosse eu a culpada pela invasão involuntária, brasileira legítima. feito sem-teto, fui pro corredor do hotel chiquérrimo (porém desorganizado) e esperei um moço simpático vir me buscar. e aí sim fui para o meu quarto.
(o hotel)
ah, sim: sorte que eu deixei meu celular pra despertar, porque pedi pra me chamarem às 7 horas e ninguém chamou. o coitado do outro quarto, além de ter sido invadido, deve ter sido acordado às 7.
mas acharam minha mala, que voltou ao brasil exatamente como saiu.
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estou no meio de um projeto de enlouquecer, que está acabando esta semana. mas não vai ficar tranquilo por muito tempo – viajo pros estados unidos dia 25 agora e fico por lá 2 semanas trabalhando, então não sei o quanto vai ser possível contar mais histórias bizarras que só acontecem comigo.
tenham fé e torçam para que eu tenha tempo de contar os acontecimentos que certamente não serão tranquilos e sem eventos, principalmente porque vou ter que dirigir em terras de tio sam, com carro automático. ferrou.
se vc vai aos EUA, aconselho a compra de um nintendo DS, que tá 130 dolares e vale realmente a pena, pq além dos jogos tem aula de yoga, de culinária, de pilates, de treinar o cérebro, de jogar sudoku, de palavras cruzadas, etc etc etc, e um cartucho “coringa” (onde vc coloca um minisd com os jogos, ahn, baixados) sai por 100 reais, aqui em sp mesmo.
se bobear tem até tutorial de jardinagem, pra vc que tá virando a sua mãe 😉
Hahaha!
Me desculpe, Zel, mas esta do quarto foi hilária!
Agora, a pergunta que não quer calar: o “homi” estava dormindo ou vc deu sorte de ele não estar no quarto?
Já estou até imaginando a alegria da Denize com MAIS uma ida sua para ela, ao Free Shop, rsrsrs!
Bjo
[zel> ana, o hómi NÃO tava, pelo amor de deus 😀 pura sorte…
putz, que estória bizarra!
morri de tanto rir imaginando se o “hómi” estivesse dormindo ou trabalhando com headphones, imagina a cena? 🙂
Ótima história – depois que acontece,né, porque na hora, que suador deve ter sido mesmo. Sabe que num hotel de vitória pedi pra ser acordada às 8, mas deixei o celular pra despertar do mesmo jeito, e o moço da recepção liga às 8h30 avisando que “passou um pouquinho” da hora que eu pedi pra acordar…
hahaha! me matei de rir com a história do quarto errado no hotel (que lugar lindo, né? linda foto!), especialmente com o possível desfecho (ser acordado as sete da manhã, sem ter pedido hahahaha…).
quanto à mala que foi e voltou, é um bom evento para se refletir sobre o quanto carregamos coisas que não são necessárias. eu também viajo bastante a trabalho e sempre carrego as coisas mais importantes comigo numa mochila pequena (faço uma malinha bem parecida com a sua). muitas vezes, esta mochila é minha única bagagem.
vou viajar em breve e estou preocupada com meu maravilhoso portunhol. preciso aprender espanhol urgente!
beijos!
bizarra sou eu meu bem, não tenho medo de vião não tenho medo é de perder a bagagem, ou seja( tradução da KK)vou morrer de vião, vou sim!!rsrsrsrsr