in other words…

a gente não sabe o dia exato, porque não houve cerimônia, mas “casamos” numa dessas semanas de junho. normalmente esquecemos de comemorar, mas quando lembramos usamos o dia nos namorados como desculpa 🙂

nosso casamento foi simples – uma decisão de passar a vida juntos e um contrato de aluguel. nosso primeiro (e único, aliás) presente de casamento foi um PS2, primeira coisa que compramos com dinheiro conjunto. isso diz muito sobre nosso relacionamento 🙂 o dia do casamento poderia ser o dia da mudança, mas… quem lembra? nós não. um dia ainda procuro o contrato do aluguel e descubro.

não casamos no papel até hoje, acho que por pura preguiça. às vezes falamos no assunto, mas só de pensar em papelada e “será que devemos fazer um almoço ou coisa assim?” já dá paúra do trabalhão e desistimos. acho que vamos casar, qualquer dia, e será algo aqui no interior e com quase ninguém presente. também porque detestamos aquele esquemão casamento – roupa esquisita – gente estranha à nossa vidinha – cerimônia bizarra.

desde que “casamos” não ficamos mais de 2 semanas separados. morremos de saudade um do outro e todo dia nos encontramos como se fizesse uma década que não nos vemos. mas nem por isso somos aquele casal grude-chato – não ficamos de nhé-nhé-nhé na frente dos outros, não ficamos ligando um pro outro o dia todo pra encher o saco, não somos dos tipo carente-dependente, deus nos livre e guarde, que detestamos esse tipinho melequento. nos amamos e gostamos de estar juntos, e não deixamos que a rotina nos deixe esquecer disso.

agradeço todo dia (mesmo!) pela oportunidade de ter alguém tão especial ao meu lado, e procuro retribuir com o que tenho de melhor. é verdade que às vezes ofereço o que tenho de pior, mas isso é só pra provar que amar também é entender que o outro é apenas humano.

you see everything, you see every part

you see all my light and you love my dark

you dig everything of which i’m ashamed

there’s not anything to which you can’t relate

and you’re still here

já nos disseram que parecemos irmãos, tal é nossa sintonia, cumplicidade e tranquilidade quando estamos ao lado um do outro. e a tal irmandade não tem nada a ver com tudo estar sempre bem e muito menos com relacionamento sexualmente morno. fomos e somos intensos, mas sempre na mesma freqüência, nos entendemos sem precisar falar. e foi assim desde o início, quase como se nosso encontro estivesse predestinado. o quase é por conta do nosso ceticismo, que nos impede de acreditar em tal coisa 🙂

meu amor, estes foram os 5 anos mais felizes da minha vida. tenho certeza que também serão todos os outros que virão, e hão de ser muitos ainda! te amo.

**

fly me to the moon

and let me play among the stars

in other words, hold my hands

in other words, baby kiss me

fill my heart with song

and let me sing foverever more

you are all i long for

all i worship and adore

in other words, please be true

in other words, i love you

(fly me to the moon, frank sinatra)

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  1. Zel, parece que estou lendo a minha própria história. são 3 anos de “casamento” com alguém que tem total sintonia comigo, parecemos mesmo irmãos. desde que começamos a namorar, só dormimos separados quando um de nós está viajando. e se ficamos um dia sem nos ver, nos reencontramos como se fizesse um ano! parabéns pra vocês! é muito bom saber que nesse mundo de casais chatos que vivem de joguinhos, ainda tem gente que sabe aproveitar quando a vida dá um presentão desses! beijos!

  2. Ai, a sua estória também lembra a minha :)!

    E DETALHE: a nossa aliança tem escrito 31/11; dia no qual “juntamos as escovas de dentes e tudo mais”…

    MAAASSSSS: 31/11 NÃO EXISTE, hahahaha!

    Ninguém percebeu; nem maridon (quando mandou fazer as alianças, de surpresa); nem o ourives; nem ninguém!

    Até que, tempos depois, uma amiga minha me pediu para ver minha aliança… Só ela sacou!

    Então o Dudu falou para mim: “Viu só? Te amo tanto que criei um dia só nosso no calendário” :)!

    Bjos

  3. Quer saber, no final das contas, o que importa é comemorar, de uma forma ou de outra. Um bilhete de sopetão deixado pela manhã, algum lugar surpresa, um gesto que mostre que nós, ali logo embaixo da epiderme, realmente damos importância.

    E, de quebra, evitar fila de motel! (rs)

    Rico

  4. Zel, a sua historia nao lembra a minha, mas nao deixa de ser uma puta inspiracao! E tao bom e refrescante saber que tem existe a possibilidade de encontrar uma alma gemea, nem que nao seja pra nos mesmos, so o fato que existem pessoas tao felizes me enche de esperanca. Espero que a horta esteja indo de vento em popa! 😉 Beijos, Angelica

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