chegamos na sexta à noitinha, esfomeados e babando naquele clima de pousada-chique-e-linda. nos sentimos ricos, como sempre (a gente sempre se fode por isso) e resolvemos pedir comida no quarto. casal pisciano romântico, vão acompanhando…
eu queria a moqueca de camarão, que eu amo e ele topou (vê-se que apesar do romantismo, sexo estava fora de questão. ou você consegue VIVER depois de uma moqueca?!) e ligou lá pra isabele da recepção (falo dela depois).
ele – isabele, tudo bem? você recebe os pedidos de restaurante também? ah, tá… estamos querendo essa moqueca, sabe?
(isabele diz alguma coisa)
ele – ah, é mesmo? (tapa o bocal do telefone e fala – tem fondue de queijo nos dias frios! iupi!). isabele, você me complicou. agora estamos na dúvida…
eu (decidida, como sempre) – quero fondue! pode mudar. e pede um vinho, tá?
ele – isabele, mudamos. fondue de queijo, vinho… qual tem? (espera, ouve, etc.) ok, esse tá legal, pode mandar.
felizes de dar pulinhos investigamos o quarto, a varanda, a TV, a cama, a banheira e tudo o mais até que chegou o fondue. era uma panelinha pequena, o pão era suficiente, mas a mistura de queijo era pré-pronta, tipo aquela que a gente (não) compra no supermercado. ok, muita fome, o troço já está aqui, o DVD de jericho tava pronto pra rodar (sim, nós levamos nossos DVDs) e nos jogamos.
o rega-bofe não durou minutos diante da fúria dos ogros, fiquei morta de fome (ele idem). dá tempo de pedir um de chocolate? 😀 dava. diálogo parecido com a isabela, tralalá, etc… veio o de chocolate.
esse estava decente, muitas frutas boas, muito chocolate, nem conseguimos acabar. ficamos felizes.
(passa sexta, sábado, chega o domingo…)
vamos pagar a conta. quanto fica, moça? “ah, fica X” (X = dobro do que estimávamos). hm, podemos ver o detalhamento? vimos e ficamos com cara de paisagem, mas… os fondues custaram 64 reais cada um. mais 40 do vinho, façam a conta aí.
juro, dava pra jantar no fasano (sem vinho, claro). fondue de saquinho, uma miséria, ARGH que ódio!
aprende, desgraçada, a perguntar o preço das coisas? aprende a não comprar coisas caras que não valem o preço, por favor?
com vocês, mais uma desventura do casal mais desapegado de dinheiro do hemisfério sul. batam palmas pra nós, que a gente merece.
Comentário para ajudar a compor o cenário: todos os pratos do cardápio da pousada custavam entre R$20 e R$30. Isso formou uma idéia de preço do fondue.
Se não tivesse cardápio nenhum, esperaríamos qualquer coisa. Mas o preço de todo o resto nos derrubou… 😀
Mas tudo bem, nada apaga o alívio de sobreviver à Isabele… \o/
Zel, comigo é assim também…entro me achando a mais rica e saio me achando a mais pobre. principalmente quando fazemos cara de espanto ao receber a conta.
Ainda bem que o cenário era lindo e o lugar valeu a pena.
bjs
Fondue de caixinha é uma praga que inventaram pra que a gente fosse persuadido a comer borracha e achar bom. È o fim da picada um restaurante servir uma porcaria dessas. Se não sabe preparar pra que servir?
Neste cenário paradisiaco, assistir jericho é dureza….
parabéns pelo lindo fds.
Isso me lembrou o episódio da feijoada! rs
HAHAHAHAHAHAHA, querida, parati é uma delícia mas é cheia dessas ‘ciladinhas’ pra desapegados do dinheiro (ou desligados, distraídos mesmo, feito nosotros aqui). Nunca me esqueço da pizza que a gente comeu uma vez por lá e que era pior que aquelas de 5 reau que a Sadia vende no mercado (não pelo mesmo preço, obviamente). Vou ali olhar o link da pousada antes de voltar pro interminável-trabalho-dos-infernos.
Por que que eu me identifiquei? Hm.
Pelo que vi nos comentários, e falo por mim também ;)… console-se. Tem muita gente que apronta dessas por aí 🙂
Bato palmas pra vocês, mas palmas de pé só pra mim, hahaha, porque eu e maridon fazemos isso em TODAS as viagens. Acho que desliga algum botão bom-senso ou prestençãonagrana e a gente sempre comete esse tipo de deslize no primeiro dia de viagem. Depois da primeira conta (enooorme) é que a gente liga os botõezinhos de novo. Afe.
Bisous!
suleima, você percebe um padrão, não? 😀