23/set/2000 – 25/out/2008

forever may you run

pequena, que saudade vamos ter de você… confesso que nunca admiti a idéia da sua partida, você sempre pareceu mais forte que a vida e a morte.

acompanhei 7 dos seus 8 anos de vida, e jamais conheci um serzinho tão independente ou corajoso. você não tinha medo de nada, era uma ogrinha de 650g. você só parecia um furãozinho indefeso quando dormia, enroladinha como uma bola, branquinha feito algodão. minha ursinha polar, princesinha de nariz preto, meu avatar em forma de furão.

sonhei com você durante estes 7 anos com freqüência, e você era sempre eu. quando eu temia por você e queria protegê-la, era eu mesma que precisava de ajuda. sua personalidade brincalhona e mandona ao mesmo tempo foi uma piada do destino – eu merecia mesmo um sósia mustelídeo me mostrando o quanto eu precisava aprender a aceitar carinho e cuidado.

você aprendeu devagar, junto comigo. andamos de mão e patinha dadas nestes 7 anos, aprendendo a ser independente e brincalhona sem ser um porco-espinho. nestes útimos anos você se deixou amar e acarinhar, e nos seus útimos dias foi quase uma criatura fofa 😉

aprendi a amar você e suas manias ao mesmo tempo que aprendi a me amar, petitica. sei que há pessoas que só dedicam amor àqueles da mesma espécie, mas não é meu caso. amei sempre e muito sua carinha de urso, suas mordidas e seu gosto pela organização. amei suas brincadeiras 100% conduzidas por você mesma, sempre no seu ritmo e no seu tempo. amei os últimos anos da sua velhice e tranquilidade forçada. amei também cada pequena tentativa sua de organizar os bichinhos.

seu último descanso vai ser ao lado dos montes de bichinhos amigos da thais, mas vão com você também sua po e a rena de nariz vermelho, suas preferidas.

não sei dizer o quanto sinto sua falta, o quanto essa casa é vazia sem sua presença minúscula. mas eu sei como são as coisas da vida: todos precisamos ir um dia e é fato que estes nossos meninos safados e sem-vergonha precisavam mesmo de uma mocinha pra organizar a bagunça que deve ser uma morada só de furões machos…

nos encontramos um dia, querida. fique bem e espere por mim!

didi

(foto da denize, numa visita à nossa casa)

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  1. O Joquinha certamente está feliz da vida de ter essa menina levada brincando com ele de novo. 🙂

    Mandamos daqui um abraço bem forte. Essa saudade não passa, né? Mas, que sortuda ela foi de passar tantos anos aí com vocês, não? ^^ beijão e todo nosso carinho.

    Maíra e Edson

  2. Olá Zel

    Eu me identifico muito com o seu blog.

    Faço terapia e tive que enfrentar uma doença e o médico me disse que era pelos problemas emocionais que ela surgiu – falta de amor para comigo mesma.

    Eu chorei muito com seu post, porque muitas evzes as fotos e as histórias dos furões me ensinaram a seguir em frente.

    Sabe, eu me lembrei do cachorro do meu tio.

    Ele se chama Lik e toda vez que meu tio viaja para a praia, nós ficamos com ele.

    Ele é um poodle toy.

    Teve um dia que eu estava muito triste e o Like stava em casa e eu assistir tv e estava muito frio e eu só queria ficar sozinha assistindo tv.

    Pois o Lik subiu no sofá, entrou debaixo da coberta e ficou do meu lado me olhando bem em cima do meu colo.

    Eu apenas sei que ele sentiu o quanto eu não estava bem e ficou lá me olhando.

    O que eu aprendi com o Lik é que não estamos sós.

    Quando vi a foto da sua pequena me lembrei desse dia com o Lik.

    É maravilhoso os sentimento de solidariedade deles.

    A sua pequena é maravilhosa hoje e sempre aonde estiver.

    Beijos

    Alê

  3. alessandra – eles realmente percebem coisas que às vezes ninguém mais percebe… ainda bem que existem essas criaturas maravilhosas no mundo, elas nos ensinam muito sobre nós mesmos, além de serem uma delícia de conviver!

  4. Ai Zel… Ai Zel… chorei baldes – por vc, por ela, por mim, pelos meus cachorrinhos, por essas despedidas, por partidas que têm que contecer e são sempre tão, tão tristes.

    Se houvesse uma única palavra que fosse capaz de confortá-la, juro que eu a diria, mas…

    Fica bem, tá?

    Um beijo,

    Faby

  5. Zel, amore.

    Sinto muito.

    É engraçado pensar que eu também desenvolvo amor pelos animais (e outros seres). E estou num momento tão delicado… ainda dói muito a perda. Li seu post e chorei. Chorei por dentro, porque a vida sem os que amamos parece sem sentido. Mas temos que continuar.

    Força pra você e pro Fer.

    Besos.

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