ah, eu sei que você deve achar que tem muita mulher mais bonita que ela no mundo. mas você não deve conhecer a claudia letti direito, não.
ela é linda, sim, difícil negar. mas eu falo de uma beleza além dessa (que ela também tem), falo de algo mais. é brilho, charme, algo que não se explica. ela tem alguma coisa que a gente não entende, sabe? que dá vontade de saber mais, conhecer mais. dá vontade de comer e beber a claudia. sem conotação sexual, vejam bem (mas poderia ser com também, viu? ela é tentadora).
ela não é maternal e nem tem idade pra ser minha mãe, mas ela lembra minha mãe em tudo o que minha mãe sempre teve de beleza, pé no chão e riso fácil. lembra também minha irmã e sua vaidade de mulher que já é bonita e nem precisava se esforçar tanto assim (mas se esforça, só de birra). ela lembra a mim mesma quando vai pra cozinha e quer transformar coisas desconjuntadas em milagres de prazer.
essa mulher é incrível. ela me faz sentir amada, confortável, bonita e feliz quando estou do lado dela. podem passar meses sem uma palavra, e quando nos falamos é como se tivesse sido ontem. não tem cobrança, medo e muito menos jogo. ela não brinca de chantagem emocional, e acho que é isso o que eu mais amo nela. ela é densa e ao mesmo tempo transparente.
querida – eu amo você como amo poucas pessoas na vida. por sua causa eu sou uma pessoa melhor e me amo mais. obrigada por existir!
parabéns pelo seu dia, e um poema (aquele de sempre) de presente.
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o que eu adoro em ti
não é a tua beleza.
a beleza é em nós que ela existe.
a beleza é um conceito.
e a beleza é triste.
não é triste em si,
mas pelo que há nela de fragilidade e de incerteza.
o que eu adoro em ti,
não é a tua inteligência.
não é o teu espírito sutil,
tão ágil, tão luminoso,
-ave solta no céu matinal da montanha.
nem a tua ciência
do coração dos homens e das coisas.
o que eu adoro em ti,
não é a tua graça musical,
sucessiva e renovada a cada momento,
graça aérea como o teu próprio pensamento,
graça que perturba e que satisfaz.
o que eu adoro em ti,
não é a mãe que eu já perdi.
não é a irmã que perdi.
e meu pai.
o que eu adoro em tua natureza,
não é o profundo instinto maternal
em teu flanco aberto como uma ferida.
nem a tua pureza. nem a tua impureza.
o que eu adoro em ti – lastima-me e consola-me!
o que eu adoro em ti é a vida.
(madrigal melancólico, manuel bandeira)
E fiquei tao sem saber o que fazer depois desse presente escrito, tipo criança eu, que até comentei no post debaixo…
Te amo, guria!
mais beijo!
um dos meus poemas preferidos de Bandeira. que coisa mais linda esse amor. parabéns pra cláudia!
Vim ler de novo… Tô PIOR que criança! rs
Beijooo
Sempre leio o blog pelos feeds mas hoje fiz questão de vir aqui pra dizer que concordo com cada linha que você escreveu sobre essa querida e que é também minha vizinha. Pena que não temos nos encontrado.
Beijocas pra vocês 🙂
puxa, que lindo. tou sorrindo agora 🙂