… ter bondade é ter coragem.
tenho feito um esforço significativo pra ser menos agressiva, julgadora, mandona, radical. porque sou todas essas coisas, e jamais serei delicada e compreensiva, seria contra minha natureza. mas posso (e devo) tentar modificar minha forma de expressão, especialmente para que as pessoas ao meu redor não se chateiem comigo.
não vou com isso me omitir ou fingir, não é essa a ideia. proponho constantemente a mim mesma o desafio de dizer o que é preciso ser dito, mas de forma que o outro não se sinta agredido. não tenho controle sobre a forma como o outro se sente, mas tenho controle sobre meu tom, as palavras que escolho, a abordagem para assuntos difíceis. e me preocupar com todas essas coisas é difícil, mas traz benefício pra todo mundo: para o que ouve, que talvez consiga me ouvir com o mesmo cuidado com que falo, e para mim, que me sinto bem comigo mesma por tratar o outro com respeito e generosidade.
mas antes até de praticar a gentileza (ou tentar) nos meus contatos, tento também sentir compaixão. diferente do que às vezes pensamos, compaixão não é dó, pena. é simpatizar com o sentimento do outro, sentir junto. a composição da palavra diz tudo, basta querer ler: com-paixão. (preciso explicar que paixão não é necessariamente romântica? se duvida, vá ao dicionário, explore um pouco a palavra)
e pra meu espanto, há quem pense que procurar ser mais gentil e ter compaixão é tornar-se “mole”, no mau sentido, ser condescendente ou complacente. não, não, não, gente. creio muito que é possível ser direto, objetivo e ainda ser gentil. é possível defender o que acreditamos e ainda assim sentir compaixão pelo outro. para ser gentil não é preciso ceder, concordar, abrir mão necessariamente (às vezes é preciso, o que não é um problema, é uma escolha).
muitos temores nascem do cansaço e da solidão.
é verdade que existem filtros entre as pessoas, alguns deles muito difíceis de quebrar. o que ouve ou recebe a mensagem, se for defensivo ou paranóico, distorce tudo o que chega até ele. às vezes, por mais que sejamos assertivos ou até mesmo gentis, somos interpretados da pior forma. há de haver muito diálogo e boa vontade de ambas as partes pra que estes filtros não impeçam completamente a comunicação e o entendimento.
boa vontade. é isso que tento ter, quando estou ouvindo. baixar a guarda, esperar sempre o melhor e não o pior. e quando estou falando, tento (muito) ser gentil, apesar de ser tão direta. falho, é claro. meus filtros existem, no falar e no ouvir, e eles não vão desaparecer. mas me esforço, com boa vontade, exercício da gentileza e compaixão.
com dificuldade, mas com desejo constante de melhorar. de ser mais doce, mais maleável, e — objetivo máximo! — mais feliz.
sonhos vêm, sonhos vão. o resto é imperfeito.
Oi Ivanise,
Somos todos imperfeitos, mas eu creio que todos precisamos uns dos outros mesmo cheios de imperfeições e o que nos atrai são as diferenças, mas eu creio que o pior em um ser humano se podemos dizer ser humano, é a maldade, a inveja, a falsidade, a hipocrisia, hj o mundo ta cheio de nomes p cada tipo de pessoa, bipolar, e outros p ai, e todas as outras coisas ruins, mas o resto sendo positivo vale a pena… e dá p passar, ainda sonho com um mundo melhor, a cada dia ….
Sabe o que ia lhe perguntar outro dia que esqueci, vc acredita em vida após morte?
um gde abraço 🙂
bj
Dri
dri, não acredito não. nem em vida após a morte, nem em alma, nem em deus, diabo, etc. sou completamente atéia 🙂
beijo!
Sábias palavras, como sempre!!!
Beijinhos pra você e uma mordidinha no Otto!
Cris Yumi
obrigada querida 🙂 sempre tão gentil!