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“eu tive fora uns dias
numa onda diferente
e provei tantas frutas
que te deixariam tonta
eu nem te falei
da vertigem que se sente”

são 12 anos de blog, e essa não é a primeira (espero que nem a última) vez que tenho a impressão de que ele simplesmente acabou. houve ocasiões de parar por dor, amor, rancor (e nem é preciso esforço pra rimar, hehehe), mas essa parada é diferente.

quem acompanha o mundo das redes sociais (ou rédeas sociais, como escrevi outro dia sem querer, na medida em que algo nessa vida é sem querer…) sabe que há discussões a respeito da sobrevivência de blogs após a invenção do twitter (microblog?) e do facebook. acho que o debate é pertinente, pois eu mesma me vejo publicando com alguma frequência no twitter e facebook, e esse blog aqui fica assim, às moscas.

não é que eu não tenha assunto, eu até que tenho ALGUM assunto além de criar um bebê (podem ver pelo blog sobre maternidade que a vida anda intensa!), mas uso tanto o celular e o ipad que acho mais confortável digitar coisas curtas. os textos longos acabam ficando sem espaço na vida.

e a verdade é que o nível de interação (comunicação/relacionamento) que existe em outras ferramentas é muito superior, mais ágil mesmo. aqui no blog tem comentários, é verdade, e podemos conversar, mas é mais burocrático, e não integrado (post-a-post).

queria falar sobre minha crença de que é possível mudar o mundo através da mudança individual; da influência que podemos exercitar dentro da esfera de 1 grau somente de separação; de como ser mãe me deixou ainda mais consciente das questões de saúde da mulher, feminismo e estereótipos de gênero; como ser empresária mudou minha concepção do que é ter um negócio, do sistema produtivo, das relações de trabalho; etc. etc. etc.

eu tenho um monte pra falar, e me perco nas pequenas frases, fotos, citações, mergulho nas imensas alamedas das redes sociais e quando vejo o dia, o mês, o ano acabaram e daqui a  pouquinho já são 2 anos desde o nascimento do meu menino.

da vertigem que se sente.

quero continuar escrevendo, como quero continuar pensando. mas é muita coisa, e meu preciosos minutos de pensamento puro, leitura ou simples ócio são raros. gasto boa parte do meu dia trabalhando, outra parte menor cuidando (e convivendo com) do otto, e uma parte minúscula dedicada às demais pessoas da família e a mim mesma.

talvez seja tempo de mudar, rever a vida que estou levando, repensar tudo.

enquanto isso, para os 2 ou 3 que ainda aparecem por aqui — não desapareçam. prometo que volto.