sobre o horizonte

ainda sobre a utopia e a caminhada (tão lindo, isso), fiquei pensando esses dias sobre viajar: jamais planejo viagens com muitos detalhes, e depois do nascimento do otto continuamos nos empenhando em viajar muito, sempre (apesar da dificuldade que ter uma criança junto traz, é fato).

 

o prazer de viajar, pra mim, não é o destino em si, é o caminho, a trajetória. chegar ou estar é somente parte necessária para a vivência do processo todo, da experiência que é estar em trânsito (essa sim o grande barato), a caminhada, novamente.

 

sendo mais apaixonante pra mim a caminhada que o destino, se justifique que eu ache um pouco bobo espetar alfinetes em localizações geográficas, “eu estive ali”. e também por isso insisto que viajar com meu filho, mesmo tão pequeno, é extremamente importante e valioso. ele não vai lembrar que esteve em Estocolmo (vai, porque fiz pra ele um livro de memórias de viagem, mas será uma memória construída, claro), mas ele terá vivido a experiência da caminhada, e isso deixa marcas para sempre.

 

não importa quantas vezes você visita o mesmo local, ou quantos locais você visitou na vida. o que importa é como você chegou até lá, de que forma você viveu a experiência.

 

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