Tive um insight interessante nessa viagem, quando de repente dei de cara com um espelho de corpo inteiro enquanto andava pelo aeroporto.
Olhei de relance e era um corpo baixo, gorducho, peitos grandes demais comparados com o resto mas no geral bem proporcionado, completamente OK.
Foi uma fração de segundo depois que julguei meu corpo, comparando com um padrão aqui dentro da minha cabeça (que, não vamos esquecer, foi colocado por anos de referências magras e altas), e me achando fora do que seria considerado bonito.
Mas dessa vez o processo foi massa: eu me achei NORMAL, e não bonita, e consegui perceber meu cérebro julgando, o que me permitiu somente observar o julgamento e não senti-lo.
Entendem a diferença?
Eu não me SENTI feia nem inadequada. Me senti OK e somente observei meu cérebro me julgando.
Exatamente onde eu queria chegar — não quero me achar bonita, quero que isso simplesmente seja irrelevante. Isso é uma conquista absurda, que eu pretendo consolidar com muito carinho <3
Mas enquanto isso, é muito importante SIM a representatividade de todos os tipos de corpos e biotipos na mídia, que forma nosso padrão mental. Quando tivermos todos os tipos de aparência como parte da referência visual e estética, nosso cérebro não vai achar quem é normal estranho ou feio.
Bom dia pra vocês, com muita força e autocuidado. A gente chega lá 👊🏻