Fiquei pensando sobre o post que escrevi essa semana a respeito da prática da meditação despertar pânico ou ainda mais ansiedade (uma parte das pessoas que tenta sente isso), e essa dupla de imagens é a forma que encontrei de explicar como interpreto isso — meditar é entrar em contato com o que está escondido. Não significa que são necessariamente coisas ruins mas coisas que (1) não sabíamos que estavam lá e (2) muitas vezes não sabemos como lidar.
Lidar com a realidade é foda. Lembram do Cypher de Matrix, o traitor? Ele descobre a realidade (que é dura de engolir) e prefere voltar à ignorância, quer ser enganado voluntariamente.
Gostei dessa imagem dos tubarões porque eles não são maus, e nem significam que você está em perigo necessariamente. Mas o pânico pode ser mais perigoso que a situação em si, por isso é fundamental perceber se está pronto pra mergulhar.
Uma vez minha terapeuta me disse que um dos grandes desafios de quem sofre de ansiedade é diferenciar perigos reais de perigos imaginários. Quanto mais medito mais isso fica evidente — aprendi a observar os pensamentos que aparecem durante a prática e perceber que eles me dão a dica do que preciso cuidar. Meu corpo reage imediatamente (na forma de sinais de ansiedade) aos pensamentos que trazem em si meus pontos de maior preocupação.
A meditação, incluindo incômodos e às vezes incapacidade de desconectar, são pra mim elementos de discussão na terapia e me ajudam a entender a o que preciso estar mais atenta, o que investigar, perceber e trabalhar.
Mas concordo que meditação não é pra todos, e pode não ser positivo pra alguns. Mas o conectar-se a si mesmo e ao tempo presente é MUITO útil. Como dizia meu maravilhoso prof de ioga João Mario, “aprecie o prazer de ser você mesmo, neste momento.”
Encontre suas formas de mergulhar em si mesmo sem ficar apavorado e aproveite o momento presente 🙂