Duna (a história toda, a série) está entre as minhas leituras favoritas da vida há muitos anos. Já li a saga toda 3 vezes, pelo menos. Amo, por muitos motivos, e achei FODA essa entrevista sobre o filme porque acho que captaram a essência dos assuntos que eu mais gosto nessa obra: ecologia, política e religião.
É uma obra de ficção científica, mas o coração de tudo é a política, a luta pela liberdade do povo Fremen e pelo controle da melange, substância que permite viagens espaciais e que só existe em Arrakis, o planeta deserto. Enquanto os ricos e poderosos lutam pela melange, o povo de Arrakis é explorado ou ignorado, considerados humanos atrasados, de segunda categoria.
Arrakis já foi um planeta verde, e os Fremen sonham com a volta da água, enquanto domam seu planeta selvagem, sobrevivem e aguardam seu messias, que virá para libertar o povo Fremen e transformar Arrakis.
O primeiro livro é só o ponto de partida; a história de desenrola lindamente no decorrer dos 6 livros de Frank Herbert, e depois seu filho escreve outros do mesmo universo (só li os de Frank). Todos os assuntos se desdobram (ecologia, política, religião) montando um quebra-cabeças maravilhoso. Recomendo muito!
Amei a escolha do elenco, achei as idades apropriadas e as características físicas muito bem colocadas. Leto é meio árabe, Jessica é ruiva/branca, Paul é uma mistura de ambos. Chani é negra / não branca como os Fremen em geral, Duncan é grande, forte, charmoso. Stilgar, Javier Barden, AHHH! Os Harkonnens todos meio arianos (muito apropriado), e o melhor:
Liet-Kynes, personagem do planetólogo, o que não só sonha em mudar Arrakis, mas lidera a mudança, é uma mulher negra. No livro era um homem, claro, e o diretor mudou!
Estou encantada.
O filme foi feito no deserto da Jordânia, os personagens estão perfeitos e o verme de areia tá UAU. Não acho que tem como pedir mais. SÓ VEM, DUNA ❤️