a semana mais longa da vida

não é brincadeira, não: fiquei com a impressão de que a semana durou 3 anos. sabe quando não lembra o que aconteceu sexta passada, de tão distante? foi assim. mas acabou e eu acho que vou superar.

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ai, tem coisa mais chata que gente que não entende generalização? novamente recomendo o texto engraçadíssimo do ASS. se bem que é capaz da pessoa não entender…

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tem uma frase no nosso idioma que eu amo: “servir a carapuça”. ficamos o tempo todo querendo uma carapuça que nos sirva, é impressionante como precisamos nos sentir mencionados… e não existe carapuça única pra nada, apesar da gente jurar por deus que aquilo serve ou foi feito pra NÓS. quando me pego achando que alguém escreveu ou disse alguma coisa que é um recado ou ofensa indireta pra mim eu penso duas coisas: (1) é infantil demais achar que alguém escreveu ou disse alguma coisa e se deu ao trabalho de disfarçar só pra mim; e (2) por mais que eu deteste admitir, há milhares de pessoas que têm os mesmos defeitos e problemas que eu. a probabilidade de alguém numa roda de gente ou num lugar remoto da internet estar se dirigindo a mim é, tipo assim, mínima. portanto, nos manquemos, não é mesmo, minha gente?

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mas tem o inverso: as pessoas que juram por deus que tudo que é elogio e coisa boa mencionada tem relação com elas. minha irmã tem (tinha?) uma amiga que era assim. num grupo de 5 meninas, se o cara ficava olhando, era sempre pra ela. se alguém falava “que linda!” ela logo agradecia. auto-estima saudável é uma coisa boa, mas não vamos exagerar, né?

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lembrando de pessoas e suas variações, tem aquele tipo que não consegue conversar com ninguém sem falar dela mesma. é fácil reconhecer: a pessoa nunca faz perguntas sobre você, o que você acha, sua vida, etc. se ela perguntar, é mais pra poder dizer na seqüência como ELA está e o que ELA acha, independente do que você tenha dito. antes eu não reparava, mas hoje em dia eu fico observando e é maluco: esse tipo de pessoa simplesmente não percebe que tem uma outra pessoa ali que tem pensamentos e sentimentos pra compartilhar, trocar. pra ela o que importa é a audiência, silenciosa, de preferência.

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eu lembrei de uma história de um amigo: todos na mesa, amigos, almoçando e alguém começa a contar que o irmão ou pai ou mãe (alguém importante, perceba) tinha morrido ou estava pra morrer. aí uma dessas sem-noção na mesa vira e fala “nossa… é mesmo?” (e, virando pra pessoa do lado) “passa a farofa?”

pois que “passa a farofa” se transformou no símbolo de “caguei pra você” para toda uma geração de amigos.

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meu deus do céu, o que é essa versão ABSURDA DE CAFONA que a ana carolina fez de blower’s daughter? eu quero se matar!

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wi-fi já funcionando aqui e a claridade desse apartamento é tamanha que a gente precisa de óculos escuros dentro de casa. mas não tenho vontade de colocar cortinas, porque dá pra ver quando chove lá em santana, é lindo.

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eu descobri que esse negócio de “feedback” só é bom pra quem dá. e não tem nada a ver, mas lembrei daquele negócio que eu li não sei onde: ditadura é quando você manda em mim e democracia é quando nós mandamos em você. na mesma linha nada a ver, lembrei de outra: eu ganhei, nós empatamos, vocês perderam. essa frase é o motto de muita gente.

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sabe o que é difícil mesmo na vida de uma mulher? ela ser muito inteligente, muito produtiva, muito criativa, muito boa em tudo o que faz e muito legal. nenhuma mulher assim aceita menos do que o melhor que cada pessoa pode oferecer, e isso pode ser um tanto solitário às vezes (né, sheilinha? :)). eu sou dessa categoria (inclua na lista acima “nenhuma falsa modéstia”) e passei 10 anos da minha vida adulta procurando homens ou pra competir comigo ou pra eu mandar neles (e achei). até que a fal me fez ver a luz e me apresentou a liliana, que me salvou das viagens erradas do post anterior (vocês acham que eu tirei aquelas coisas todas de onde? do meu passado, é claro). estar equivocada é normal; ser sem noção é escolha nossa, amigas.

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da série coisas que me irritam: quem fica puto com as conquistas alheias e mais puto ainda com a felicidade e com a divulgação das conquistas. tipo: não seja feliz, que isso me incomoda; se for feliz, por favor não fique assim TÃO feliz e, principalmente, não divulgue sua felicidade!

acho que é por causa desse tipo de gentes que a sabedoria popular inventou antídoto para o olho gordo. muita fita vermelha e muito sal nessa hora, hein?

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aniversário chegando e eu vou ficando mais feliz 🙂 ah: em breve fotos do ap novo, que tá ficando LINDO!

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  1. he, he… that’s my girl! é mesmo isso, por que aceitar menos do que o melhor que os outros podem oferecer quando fazemos o máximo para oferecer sempre o melhor de nós mesmos?

    nossa… papo-cabeça, né? 😀

    ainda sou apaixonada mesmo é por aquela “um mundo melhor gera pessoas melhores; e vice-versa!”

    ps: que tal “a costela do edão” para nosso próximo almoço da série “tricotar”? hum?

    bjs,

    😀

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