Espelho, espelho SEU

Faço parte de um grupo de mulheres que estão na geração X (1964-1980), o grupo é ÓTIMO, e nos últimos dias muitas mulheres têm postado fotos delas mesmas, numa vibe “sou GenX mas ainda sou gata”.

Muito filtro, muita maquiagem, muito botox e afins, como era de se esperar. Muitos comentários de afirmação, incentivo, etc. Inclusive uma mulher trans, que serviu pra excluir as transfóbicas (e as admins são excelentes). Algumas mulheres estão incomodadas com o excesso de vaidade, como também é de se esperar.

Eu também me incomodo, pelos motivos que já falei aqui mil vezes: buscar juventude eterna é fazer o jogo do patriarcado. Resisto, sofro, mas entendo.

E em resposta à reclamação escrevi esse comentário, que trago pra cá porque essa conversa não pode morrer, e porque na tentativa de mudar o mundo não podemos esquecer que fomos e somos muito machucadas.

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Seeking for approval about how we look is problematic, yes. Making us feel inadequate is what the patriarchy does to us since we are super young, and I refuse to be on my 50s and keep working to look fuckable ( = young, slim, long hair, white, and no body hair). I would rather see more women refusing to comply to the unrealistic expectations of society for sure. It would be a better example to the new generations.

With that said, I also recognize that a lot of women want to feel reassured about how they look, because they were hurt very much by never feeling beautiful or adequate their entire lives. As much as I would prefer to have more sisters saying a big FUCK YOU to the patriarchy, I also want them to feel seen.

I support every women that is brave enough to seek for validation. This is hard, and I hope we don’t need to do this forever. I hope our young women can one day just BE without having to seek for ways to be validated as pretty, because pretty is just one of the many attributes of a being.

But this day is not today, unfortunately.

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Não é maravilhoso pensar que no espelho da madrasta que odeia a princesa jovem está uma representação do patriarcado? 🙂 Bora quebrar essa porra de espelho!

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