fabricando

Vai ter “festa de formatura” na escola do Otto, ano que vem ele entra no fundamental, aquela coisa toda.
(Aquele evento que ia ter Grease com crianças de 6 anos, lembram?)
Pois eles estão ensaiando, é “uma grande festa”, todo um processo. Otto canta as músicas e comenta a respeito, tá empenhado, mas… é o Otto né. Vai escutando.
O: “mamãe, nós estamos ensaiando pra ‘grande festa’ e vamos cantar, mas os amigos não decoraram a música e não param de fazer bagunça na hora de apresentar!”
(Hahhahahahhaha I FEEL, YOU, KIDDO)
Eu: “é assim mesmo, amor. Algumas vão errar, outras vão acertar, vai dar tudo certo no final e vai ser lindo!”
O: “mas como vai ficar PERFEITO se os amigos não acertarem e não pararem de fazer brincadeira na hora da música?!”
(Ai, Otto… você vai sofrer tanto nessa vida meu filho…)
Eu: “mas não precisa ser perfeito não, amor. Cada um vai fazer o seu melhor e vai ficar ótimo! Confia na mamãe, mamãe sabe das coisas!”
O: (…) “não confio não. O F. SEMPRE fica brincando na hora da música!”
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Já abrindo a poupança-terapia pra ele, que vai precisar muito pra sobreviver aos próximos 30 anos pelo menos.
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Depois, em casa, eu tento amenizar a conversa:
Eu: “gato, não se preocupa tanto com a festa da escola, tá? Vai dar tudo certo.”
(Pausa pensante)
O: “mas eu me preocupo sim. Os amigos não estão ensaiando e nem fazendo direito e…”
Fazendo votos que no dia não seja um desapontamento pra ele. Vou usar um chapéu colorido pra ele só olhar pra mim na plateia e esquecer os amigos que não ensaiaram 😀